No dia 10 de fevereiro do corrente ano, inicia-se de forma efetiva o trabalho da câmara municipal de Aracaju, espaço de representatividade popular, onde 24 vereadores eleitos democraticamente através do voto popular irão votar projetos importantes para o desenvolvimento de nossa cidade e/ou propor soluções e iniciativas para a melhoria na qualidade de vida de Aracaju. Ao menos, assim deveria ser o modus operandi da atuação de vereadores que recebem mensalmente mais de 19 mil reais para exercerem a função de vereador em nosso município.
Escrevo esse texto dosando as palavras para que não transpareça o sentimento de ódio e indignação que me peguei sentindo ao acessar o site da câmara municipal de Aracaju e constatar que na sessão que marca o retorno das votações de nosso parlamento, um dos projetos versa sobre a INSTITUIÇÃO DO DIA MUNICIPAL DO SURF E INCLUI A COMEMORAÇÃO NO CALENDÁRIO OFICIAL DE EVENTOS DE ARACAJU.
Tal projeto de lei apresentado pelo atual presidente do parlamento, o vereador Nitinho Vitale. Esse fato por si só acredito ser mais que suficiente para deixar indignado todo e qualquer cidadão que paga seus impostos e não recebe em contrapartida serviços de qualidade. Não podemos, claramente, esquecer de adicionar o fator pandemia do COVID-19, que desempregou milhares de pessoas em nossa cidade e atirou na lama o sonho de muitos aracajuanos.
Como miséria pouca não anda sozinha, segue um breve apanhado dos projetos de leis que serão votados amanhã pelos nobres parlamentares:
5 mudanças de nome de rua;
1 título de cidadania;
Criação do dia do Surf;
2 sessões especiais (Feminicídio e dia da reforma protestante).
Esses serão todos os projetos votados na sessão de amanhã, não quero concluir esse texto escrevendo todos os impropérios que me vem à mente nesse momento, deixo que cada um faça o seu próprio julgamento.
Esqueçam essa denúncia por hora, vamos todos à praia amanhã.
Por Professor Leonardo Lisboa (Especialista em Educação, Ativista, Assessor e Comentarista Político)
O artigo não reflete necessariamente a opinião do SDCEV