Por unanimidade, o Tribunal Regional Eleitoral julgou procedente o pedido formulado pelo deputado estadual Luciano Pimentel e autorizou nesta terça-feira, 13, a desfiliação dele do PSB, livrando-o definitivamente do ódio e da perseguição política exercida pelo ex-senador Antônio Carlos Valadares
O TRE sergipano reconheceu justa causa na solicitação do parlamentar. Com a decisão, Luciano Pimentel poderá deixar a sigla sem risco de sofrer punições da justiça eleitoral.
O juiz Leonardo Souza Santana Almeida, que acompanhou toda a ação, acolheu o argumento de Luciano Pimentel no sentindo de estar caracterizada grave discriminação política pessoal.
De acordo com o magistrado, diante da anuência expressa da agremiação partidária quanto à impossibilidade de permanência do parlamentar em seus quadros, a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral – TSE – é favorável ao reconhecimento da justa causa.
A “grave discriminação política pessoal” apontado pelo juiz Leonardo Souza Santana Almeida contra o político Luciano Pimentel tem nome, sobrenome e histórico de ódio pessoal na política sergipana. Chama-se: Antônio Carlos Matos Valadares, o ex-senador e patriarca do PSB de Sergipe.
Sem razões aparentes e nem justificáveis, o ex-senador Valadares se constituiu num dos maiores obstáculos para que Luciano Pimentel adquirisse um mandato de deputado estadual em 2014 e, sobretudo, para que o renovasse em 2018. Ele armou profundas cocós contra esse correligionário. Por pouco não obteve êxito.
Em 2018, essas armadilhas quase que inviabilizam fatalmente o retorno de Luciano à Alese. Ele perdeu de uma eleição para outra nada menos do que 9.251 votos – em 2014, Pimentel acessa o parlamento estadual à bordo de 26.158 votos, quando vinha de experiência zero na atividade política. Nunca disputara nada.
Apesar de fazer de 2015 a 2018 um notável mandato, fundeado em bons projetos, boa assistência às suas bases aliadas, aberta interlocução com a sociedade sergipana e calcado em uma boa comunicação social, Luciano obteve apenas 16.907 votos para se reeleger em 2018. Caiu de um 16º para um 21º lugar entre os eleitos, o que causou espanto geral.
Causa direta disso: a perseguição cerrada do ex-senador Valadares. Em 2014, Valadares espalhou nas bases do PSB de todo o Estado de Sergipe o preconceituoso e maldoso boato de que Luciano Pimentel não merecia ser eleito deputado estadual porque se o fosse serviria apenas para servir aos interesses do empresário Luciano Barreto, do Grupo Celi.
O preconceito do senador vinha do fato de que, por ter sido superintendente da Caixa Econômica Federal no Estado de Sergipe, Luciano Pimentel tinha uma franca, objetiva e republicana relação com Luciano Barreto, que é um líder de classe respeitado e cuja companhia certamente não macula a honra de ninguém.
Esse discurso de Vavazão não pegou. Em 2018, ele dizia à base do PSB que não votasse em Luciano Pimentel, porque ele não seria reeleito. Raspou na trave, mas de novo não pegou. Passada a eleição de 2018, Luciano foi ao apartamento do ex-senador Valadares e disse-lhe as do fim. Lavou sem piedade toda roupa suja que estava entalada na sua dispensa política.
Luciano Pimentel, que já não vinha usando o nome do PSB acostado ao seu mandato, festeja a liberação que a justiça eleitoral lhe garantiu, diz que vai buscar obviamente uma nova sigla partidária, que tem recebido uma série de convites para filiação, mas garante que fará isso com rigor e cuidado. Tudo na hora certa e na intenção de disputar um terceiro mandato.
Fonte: JL Política