O ex-prefeito de Itabaiana Valmir de Francisquinho, embora tenha anunciado a pretensão de se candidatar a governador do Estado pelo partido do presidente Bolsonaro, o PL, está inelegível por decisão colegiada do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SE).
Na decisão, tomada em ação movida pelo Ministério Público Eleitoral, o relator do processo, desembargador Diógenes Barreto, destacou que o ex-prefeito cometeu “práticas abusivas graves o suficiente para levar à configuração do ilícito [abuso do poder político]”.
O relator, cujo voto foi acompanhado pelos demais membros da corte, destaca ter ficado comprovada a utilização da estrutura da prefeitura de Itabaiana a favor da candidatura de Talysson, “com a realização de diversos eventos, publicidade institucional, pintura de imóveis da municipalidade, com o uso da cor azul (ao passo que a campanha do acionado era chamada de “Onda Azul”), em alusão à cor predominante na campanha do então candidato que, na campanha, se apresentava como filho do prefeito”.
Não bastasse estar inelegível, Valmir é réu por corrupção num processo que apura o desvio de quase R$ 6 milhões dos cofres da Prefeitura de Itabaiana, a partir de uma denúncia formulada pelo Ministério Público e aceita por unanimidade pelo Tribunal de Justiça.
Para embasar a denúncia, o Ministério Público apresentou as provas coletadas pela Polícia Civil no curso da Operação Abate Final, investigação que comprovou a prática de desvio de dinheiro público do matadouro de Itabaiana e resultou no afastamento do então prefeito do cargo, o qual chegou a ser preso e encaminhado ao presídio.
Sem constrangimento em responder processo por corrupção, Valmir se diz preparado para administrar o orçamento bilionário do Estado, e conta, para isso, com a cumplicidade do empresário e conhecido fazendeiro Edivan Amorim, presidente estadual do PL, partido ao qual o ex-prefeito de Itabaiana está filiado.
A decisão de ilegibilidade não é definitiva porque ainda cabe recurso, podendo neste caso o pré-candidato Valmir de Francisquinho reverter a situação. Sobre a outra ação ainda não foi julgada.
Fonte: Imprensa24h
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Faltou dizer que cabe recursos a decisão do tribunal e que a outra ação ainda não foi julgada. Jornalismo tem que ser feito com ética e seriedade.
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