Centro de Excelência Dr. Milton Dortas em Simão Dias apresenta projeto “Fora do Armário: A escola contra Lgbtfobia”

Foto: Ascon/Seduc

Os estudantes do Centro de Excelência Dr. Milton Dortas, unidade escolar que oferta o Ensino Médio em Tempo Integral, localizada no município de Simão Dias, território Centro-Sul sergipano, deram início, na quarta-feira(08), a uma série de atividades em torno do projeto “Fora do Armário: A escola contra Lgbtfobia”. O evento acontece em alusão ao Mês do Orgulho LGBTQIA+, celebrado durante o mês de junho, para conscientizar e reforçar a importância do respeito e da promoção de equidade social e profissional de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais, assexuais etc.

O projeto é conduzido a partir da área do conhecimento de Linguagem, Códigos e suas Tecnologias e é orientado pelos professores Marcos Nobre e Carlos Marcelo. Segundo o professor Marcos Nobre, a unidade de ensino tem um público grande de pessoas LGBTQIA+, porém ainda são recorrentes episódios de preconceito. “No mês passado a professora Karina, de Projeto de Vida, começou a desenvolver um trabalho temático, e um grupo optou por trabalhar com o tema LGBTQIA+. No mês de junho do ano passado eu trabalhei com o tema, mas agora no retorno presencial pensamos em fazer uma ação mais efetiva”, contou.

Dessa forma, estudantes e professores organizaram uma vasta programação a fim de provocar demais membros da comunidade escolar para os riscos e problemas gerados a partir da aversão à homoafetividade e ao ódio à diversidade sexual. O objetivo geral do projeto é desenvolver ações pedagógicas que promovam ambientes políticos e sociais favoráveis à garantia dos direitos humanos e da respeitabilidade das orientações sexuais e identidade de gênero no âmbito escolar.

No primeiro dia, os estudantes expuseram cartazes em toda parte da escola com frases “Parem de nos matar”, chamando a atenção da comunidade escolar para as elevadas taxas de assassinatos de pessoas LGBTQIA+, considerando que a homofobia no Brasil é um problema presente e constante. Na ocasião, a estudante Ariel Andrade Silva, da 3ª série, realizou uma performance relembrando o assassinato de Dandara dos Santos, travesti que foi espancada e executada a tiros no Ceará. O crime teve grande repercussão quando as imagens do espancamento foram divulgadas nas redes sociais.

“Na performance eu representei Dandara, assim a minha colaboração com o projeto foi me caracterizar dela enquanto meus colegas discursavam. O projeto é realizado para chocar e trazer à tona esse perigo e a problemática da Lgbtfobia, não só contra gays e travestis, mas também lésbicas, pansexuais etc.”, contou a jovem estudante Ariel Andrade. Outra estudante que participa do projeto é a aluna Nataly Casey Leite Silva, da 1ª série. Ela relembra como tudo começou.


“Inicialmente, era apenas um trabalho da disciplina de Projeto de Vida sobre Lgbtfobia, mas alcançou um outro patamar quando soubemos que dois de nossos professores, Marcos Nobre e Carlos Marcelo, planejavam fazer um evento dedicado à comunidade LGBTQIA+. Nossa professora de Projeto de Vida, Karina, nos apresentou a proposta, então eu, minha colega de classe Elizabeth e um amigo de outra turma chamado Matheus iniciamos e organizamos o projeto”, contou.

A iniciativa ganhou vida ao unir forças com o clube de artes e uma ação intitulada “Cartório LGBTQIA+”, que consistiu em dar visibilidade aos alunos e orientadores LGBTQIA+. “Já estávamos planejando os elementos do projeto há duas semanas. Primeiramente começamos com os cartazes e criamos um pequeno evento para coletar assinaturas e “digitais” dos alunos LGBTQIA+ do colégio. A esse evento demos o nome  de “Cartório Lgbtqia+”. A partir daí surgiram as ideias de performances, apresentações e palestras, ideias sugeridas pelo professor Marcos, e juntamente com o clube de artes, realizamos reuniões nas quais discutimos sobre o que poderia ser posto em prática”, relatou Nataly Casey.

A programação segue nos próximos dias com a exibição do filme ‘Love, Simon’; roda de conversa com estudantes e organizações convidadas; exibição da série Heartstopper; debate com o tema Mídia e representatividade; e por fim, o desfile LGBTQIA+ e Sustentabilidade.

Fonte: ASN

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