“Espero de Fábio Mitidieri uma boa gestão”, diz o prefeito de Simão Dias Cristiano Viana

Eleitor de Rogério Carvalho, PT, na eleição pro Governo de Sergipe deste ano, o prefeito de Simão Dias, Cristiano Viana, PSB, já desceu do palanque e diz que espera do futuro governador Fábio Mitidieri, PSD, uma boa gestão para Sergipe e, sobretudo, que nela sejam recepcionadas as necessidades da gestão simão-dienses.

“Sou um adversário político de Fábio Mitidieri, mas não um adversário administrativo, e espero que ele faça o melhor por Sergipe e, obviamente, por Simão Dias”, afirma Cristiano Viana. 

Cristiano espera que Fábio replique, pelo menos, o modo de ser que o governador Belivaldo Chagas tem aplicado sobre Simão Dias – eles são politicamente oponentes. “Que ele faça ao menos como vem fazendo o governador Belivaldo Chagas”, sugere Cristiano. A cidade é um impressionante canteiro de obras, todas com o DNA do Governo do Estado.

Em conversa com a Coluna Aparte, Cristiano Viana faz um balanço dos seus dois primeiros anos de gestão, diz que é cedo para se falar em reeleição, espera que Lula restaure a política habitacional e sonha que isso  também favoreça Simão Dias, que tem “um déficit habitacional forte” nesse setor. Veja a seguir.   
 
Aparte – O senhor votou em Rogério Carvalho pro Governo do Estado. Mas o que espera de Fábio Mitidieri enquanto o futuro gestor do Estado?
Cristiano Viana – Eu espero tudo de bom. Sou um adversário político de Fábio Mitidieri, mas não um adversário administrativo, e espero que ele faça o melhor por Sergipe e, obviamente, por Simão Dias. Fiz críticas a ele pelo fato de ter sido deputado federal durante oito anos e aqui para Simão Dias mandou apenas R$ 100 mil – uma cidade de cujo governador filho do lugar ele viria a ter apoio e que até lhe deu uma vitória sobre Rogério com mais de dois mil votos. Na verdade, eu até me admito um pouco com ciúmes das cidades para as quais o deputado federal Fábio destinou recursos enquanto parlamentar. Espero que ele faça um bom trabalho futuro e que, como governador, corrija essa visão em relação a Simão Dias. Que ele faça ao menos como vem fazendo o governador Belivaldo Chagas.  

Aparte – Há de se esperar mudanças substanciais para uma cidade do porte de Simão Dias com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República?
CV – Sem dúvida que há. Veja: nós temos um déficit habitacional forte no município. Simão Dias só construiu casas para o povo de verdade quando Zé Valadares foi prefeito. Dênisson Déda conseguiu um conjunto chamado Simão Dias Mais Feliz, com cerca de 20 a 30 casas. De lá para cá, incluindo os oitos anos do ex-prefeito Marival Santana, não se construiu nenhuma casa na sede do município. De modo que um déficit enorme nos persegue e a gente espera que com Lula presidente a política habitacional se fortaleça e contemple a nossa cidade.

Aparte – Como é que o senhor terminará os dois primeiros anos da gestão de Simão Dias?
CV – Graças a Deus, vamos terminar dentro de uma certa normalidade e de uma ampla legalidade. Desde o início da nossa gestão estamos pagando a folha dentro do mês e até antecipando os salários. No mais, conseguimos cuidar a cidade, iluminá-la e tratar bem das estradas vicinais que, infelizmente, agora com essa chuvarada deterioraram um pouco, mas é normal. De modo que estamos nos reprogramando agora para dentro de uma semana fazer toda a manutenção delas.

Aparte – O senhor recebeu a gestão de Simão Dias com algum tipo de dificuldade?
CV – No início tivemos, sim, dificuldades. Havia dívidas. Inclusive ao longo de 2021 nós tivemos de pagar mais de R$ 1 milhão de coisas de 2017 e 2018. Encontramos a Prefeitura devendo os reajustes salariais aos professores relativos ao piso, e nós estamos pagando desde o ano passado uma faixa entre R$ 70 mil e R$ 80 mil de RPVs – Requisições de Pequeno Valor -, que é fruto de um acordo feito pelos funcionários na justiça em valores de até R$ 7 mil e poucos que podem ser pagos ou vão para o grupo de precatórios da Prefeitura. As nossas dívidas com os fornecedores, graças a Deus estão em dia. 

Aparte – O senhor consegue medir como o simão-diense está recebendo a sua gestão?
CV – Sim. Nós fazemos pesquisas e têm apontado que o simão-diense está recebendo a nossa gestão positivamente. Nossos níveis de aprovação têm variado de 55% a 60%. E isso é valoroso. Você andou pela cidade e deu para perceber que Simão Dias, fisicamente, está passando por uma reestruturação muito positivamente, graças a uma parceria com o Governo do Estado. São várias obras. Nesse momento, a cidade está até um pouco desconfortável de nela se andar, mas são obras estruturantes e que vão valer muito mais à frente para o nosso dia a dia.

Aparte – Aquelas queixas iniciais do relacionamento com o governador Belivaldo Chagas já se dissiparam? 
CV – Não as tenho mais. Houve no início. Hoje está tranquilo, depois de eu ter estado em audiência em seu Gabinete umas duas vezes, hoje ele me recebe em audiência até na casa dele aqui. Estamos em parceria de trabalho. E governos existem para isso.

Aparte – O senhor acha precipitado começar a discutir em janeiro de 2023 a eleição que vai se dar em 2024? 
CV – Sim. Eu acho que está muito cedo para que se possa discutir isso.Até porque vamos estrear momentos diferentes com novo presidente, novo governador e novos deputados. Eu não tinha um deputado federal, e como votamos no deputado João Daniel, não tenho dúvidas de que as coisas vão melhorar – eu, enquanto prefeito, ia buscar recursos junto a todos eles. Um botava um pouquinho aqui e outro um pouquinho ali, mas agora teremos um deputado federal.

Aparte – Se a reeleição fosse agora em 2023, o senhor teria motivos para manter Renaldo Prata como candidato a vice de novo?
CV – Eu não teria a menor dúvida disso. Ele faz por onde. Renaldo é um parceiro resolutivo, desenvolve um trabalho muito importante na Secretaria Municipal da Saúde. Na campanha eu até brincava, dizendo que o meu vice não seria para ficar em casa coçado os cotovelos, uma vez que nós já tivemos vice-prefeito cuja ocupação era ficar jogando dominó nas praças públicas e, diante disso, botei Renaldo para trabalhar E, aqui pra nós, ele  trabalha muito bem.

Fonte: JL Política

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