Na 1ª reunião ministerial, Lula diz que governo tem ‘tarefa árdua’, prega boa relação com o Congresso e respeito à Constituição

Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (6) que o governo tem uma tarefa “árdua”, mas “nobre”, pregou boa relação com o Congresso e união para acabar com as “brigas familiares”. Ele também cobrou respeito ao meio ambiente, às leis e à Constituição.

Lula deu as declarações durante pronunciamento na abertura da primeira reunião ministerial de seu terceiro mandato como presidente.

Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, todos os 37 ministros participam da reunião. O encontro, que começou pela manhã, deve avançar pela tarde.

No discurso, Lula disse que:

  • o governo terá uma tarefa “árdua”
  • não deixará ministros ‘no meio da estrada’, mas quem fizer algo ‘errado’ será convidado a deixar o governo
  • a relação com o Congresso será “a mais importante” que já teve como presidente
  • não é Arthur Lira que “precisa” do governo, mas o governo que precisa do Legislativo
  • produtores rurais que desrespeitarem o meio ambiente serão responsabilizados
  • não vale ‘cidadão bandido’ achar que pode desrespeitar a Constituição

‘Entregar o país melhor’

“Nossa tarefa é uma tarefa árdua, mas é uma tarefa nobre. A gente vai ter que entregar este país melhor”, disse Lula.

Reportagens divulgadas nesta semana apontam uma suposta relação da ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil), com um ex-militar apontado como integrante de milícia com atuação na cidade de Belford Roxo (RJ).

A cidade na Baixada Fluminense é governada pelo marido da ministra, Waguinho (União Brasil). Em imagens da campanha eleitoral de 2018, Daniela aparece ao lado do ex-militar, que já foi condenado por homicídio.

Governo ‘precisa da boa vontade’ de Lira

Durante o discurso, Lula destacou a importância de um bom relacionamento com o Legislativo.

Disse ter orgulho de ter montado uma equipe de políticos e que não adianta ter um governo composto por técnicos gabaritados, mas não conseguir votos no Congresso.

“É preciso que a gente saiba que é o Congresso que nos ajuda. Nós não mandamos no Congresso, nós dependemos do Congresso e, por isso cada ministro tem que ter a paciência e a grandeza de atender bem cada deputado, cada deputada, cada senador, cada senadora que o buscar”, afirmou.

Em outro momento, Lula foi mais específico e citou os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

“Não tem veto ideológico para conversar e não tem assunto proibido em se tratando de coisas boas para o povo brasileiro. Então, eu quero que vocês saibam que vocês contem comigo porque eu tenho consciência que não é o Lira que precisa de mim, é o governo que precisa da boa vontade da presidência da Câmara. Não é o Pacheco que precisa de mim, é governo que precisa de um bom relacionamento com o Senado. E assim nós vamos governar esses quatro anos”, afirmou.

Posse presidencial

O presidente também exaltou os eventos da posse presidencial do último domingo (1º).

“A nossa posse mostrou que é possível a gente fazer esse país voltar a sorrir. É possível fazer essas pessoas voltarem a sonhar e a nossa obrigação é de transformar esse sonho em realidade. Esse é o compromisso de cada companheiro e de cada companheira que assumiu esse ministério”, disse.

“As pessoas pareciam que estavam se encontrando consigo mesmo. É preciso acabar com essas brigas familiares”, completou.

Respeito ao meio ambiente

Em outro trecho, o presidente citou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e disse que “empresários de verdade” do agronegócio sabem a “necessidade da produção sem precisar ofender ou adentrar a Floresta Amazônica ou qualquer bioma”.

Segundo Lula, esses produtores serão “muito respeitados pelo governo”, mas os que agirem fora da lei serão responsabilizados.

“Aqueles que quiserem teimar e continuar desrespeitando a lei, invadindo o que não pode ser invadido, usando agrotóxico que não pode ser usado, esse a força da lei imperará sobre eles e nós vamos exigir que a lei seja cumprida. Porque, neste país tudo vale, a única coisa que não vale é o cidadão bandido achar que pode desrespeitar a boa vontade da sociedade brasileira, a nossa Constituição e a nossa legislação”, disse.

Coordenação dos ministérios

A audiência com os ministros, segundo o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, tem o objetivo de “dar a partida” à nova gestão petista.

Entre os temas que serão discutidos, estão a coordenação do governo, a situação das obras de cada ministério e as ações a serem tomadas, além da relação com estados e municípios.

Fonte: G1

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