Deso adotará medidas com SSP pra conter furtos de água, e com tecnologia pra evitar buraqueira nas ruas

O presidente da Companhia de Saneamento do Estado de Sergipe – Deso -, Luciano Goes, disse esta semana à Coluna Aparte que a privatização desta Companhia não é do interesse ou da prioridade nem do governador do Estado, Fábio Mitidieri, e nem dele, enquanto seu gestor direto.

E Luciano Goes afirmou que a Deso vai adotar em breve duas medidas importantes que trarão bons impactos para ela e para toda a sociedade sergipana. A primeira dessas medidas vai atacar de frente um problema crônico dela, que é a perda de sua água tratada. E não é algo simples. É gravíssimo.

“As perdas de água da Deso vão de 50% a 60% – isso pela média do Estado. Se medirmos só a cidade de Aracaju, é menor. Mas no geral, é muito alto. Nós estamos em fase de assinatura de um acordo com a própria Secretaria de Segurança Pública, com o intuito de coibir o roubo via gatos no Estado, principalmente do sertão, que é a nossa zona mais crítica”, diz Luciano.

“Através da nossa ação direta com o secretário João Eloy de Menezes e toda sua equipe já foi presa uma pessoa lá de Monte Alegre que roubava água tratada da Deso e vendia através de carro-pipa. Mandei a localização e o proprietário foi preso em flagrante. E com esse acordo com a SSP que nós estamos fazendo vamos combater mais isso. Vamos coibir os furtos de água.

Vamos envolver as Polícias Civil, Militar e Científica. A Polícia Científica vai fazer laudos de água para se certificar de que a que está sendo entregue pelo pipa é de fato tratada. Se for tratada, é da Deso”, avisa o presidente.


A segunda medida vai impactar enormemente sobre a diminuição da buraqueira que resta nas ruas e avenidas de Sergipe depois de obras da Deso. Em busca de solução para isso, Luciano Goes fez uma visita a Alemanha recentemente. “Fui conhecer métodos não destrutivos de obras na área de saneamento. E voltei muito animado”, diz Goes.

Mas qual será o milagre disso? Não há milagre. Há tecnologia. “Como é que funciona? Ela é uma obra através de um robô e tem as galerias de cem em cem metros. O robô desce, vai filmando e passando a condição em que a malha, o esgotamento ou a água estão”, diz o presidente.

“Passa o robô, não altera e não mexe na superfície. Depois, ele vai para uma manta com revestimento, uma resina, que infla e impermeabiliza todo e, depois de 48 horas, está liberado para ser utilizado. Na parte de esgotamento sanitário, esse método já é lei no Estado de São Paulo, principalmente na cidade de São Paulo, para não causar transtornos à população, quebrando a pavimentação”, reforça Luciano.

Aliás, há exemplos de aplicação desse método mais perto de Sergipe. “A Embasa, na Bahia, também já está fazendo esse processo da não destruição, usando a resina. Na Paralela, eles desceram 17 metros para atravessar a histórica Avenida sem quebrar nada. Há possibilidade de aplicar isso em Sergipe agora e, principalmente, em Aracaju e na região metropolitana, que são a parte maior de esgoto, e onde está a maior necessidade. Eu quero, sim, começar já nesse ano. A Deso já está olhando alguns processos para a gente começar”, afirma Luciano.


Sim, mas relativamente à privatização da Deso, o senhor é favorável? “Da privatização, não. Nem eu e nem o governador. O governador fala de concessão. E concessão é o quê? É outra coisa. Pode ser toda a área de esgoto, pode ser toda da água, pode ser parte. Pode ser nas cidades tais, por exemplo. Aracaju já é bem atendida, com 85% de esgoto e 92% de água. Mas tem que melhorar? Tem. Porque o serviço geral tem que melhorar. Mas tudo está em estudos ainda. Estudos junto ao Bndes e ao Governo do Estado, a Casa Civil e a própria Deso”, diz.

Fonte: JL Política

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