Governo Lula não só descartou desculpas, como orientou Brasil a reprovar, em Haia, ocupações israelenses

Imagem: TV Brasil

Além de descartar um pedido de desculpas a Benjamin Netanyahu pela comparação da ação em Gaza com o extermínio de judeus na segunda guerra, o governo brasileiro orientou nesta terça-feira (20), agora em Haia, que o corpo diplomático reprovasse a política de Israel sobre territórios palestinos.

A corte internacional analisa, a pedido da Organização das Nações Unidas (ONU), a legalidade da ocupação, por meio de assentamentos, de locais como a Cisjordânia. O Brasil se manifestou nesta terça contra a ocupação desses territórios, tratando-a como ilegal.

“A ocupação de Israel dos Territórios Palestinos, persistente desde 1967 em violação ao direito internacional e a numerosas resoluções da Assembleia Geral da ONU e do Conselho de Segurança, não pode ser aceita, muito menos normalizada pela comunidade internacional”, disse a diplomata Maria Clara de Paula Tusco, representante do governo brasileiro no tribunal.

Segundo fontes que tiveram acesso aos estudos que balizaram a posição da diplomacia brasileira, o entendimento é o de que a política de ocupação israelense impõe uma espécie de apartheid, uma segregação aos palestinos.

Esse novo capítulo no impasse que se instalou desde o fim de semana na relação entre Brasil e Israel precede reunião do presidente Lula com dois agentes importantes nos desdobramentos dos principais conflitos, hoje, no mundo.

Lula deve receber na quarta (21) o secretário de Estado dos Estados Unidos, Atony Blinken, e, na quinta (22), pode ser visitado também pelo ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov. Essa agenda ainda está em suspenso. Ambos, Blinken e Lavrov, virão ao Brasil para a reunião do G20.

Fonte: G1

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