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Gestante que teve parto após morte encefálica é sepultada em Aracaju

Segundo a Secretaria da Saúde de SE, os procedimentos realizados são raros, foi o primeiro no estado, sexto no Brasil e 36º no mundo.

Em Aracaju, familiares e amigos se despediram de Kauane Ludmilla Dionísio Santos, uma jovem de 20 anos que teve seu destino marcado por uma série de eventos extraordinários e comoventes. Kauane, vítima de um trágico incidente em 17 de abril, onde foi atingida por um tiro na cabeça, veio a óbito com diagnóstico de morte encefálica no Hospital de Urgências de Sergipe (Huse).

O que torna a história de Kauane ainda mais notável é o desfecho que se seguiu: apesar da perda irreparável, sua jornada trouxe um raio de esperança para outros. Durante 21 dias após a constatação de sua morte encefálica, os médicos se empenharam em manter os sinais vitais da jovem, possibilitando o desenvolvimento do feto em seu ventre até que um parto seguro pudesse ser realizado.

Na quarta-feira passada, 25 semanas após a gestação, Kauane deu à luz a Maria Vitória, uma menina prematura que, apesar das circunstâncias adversas, veio ao mundo com 580 gramas e foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI) da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. Apesar da prematuridade, Maria Vitória está estável, trazendo um feixe de esperança para todos aqueles que acompanharam essa jornada.

Além do nascimento de Maria Vitória, o gesto nobre da família de Kauane em autorizar a doação de seus órgãos proporcionou uma segunda chance de vida para outras pessoas. Rins, fígado e córneas foram doados, não apenas beneficiando pacientes em Sergipe, mas também em Pernambuco e Ceará.

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