O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi questionado por 3 vezes nesta 6ª feira (12.jul.2024) sobre quem é o “pai” da isenção das carnes na aprovação do projeto que regulamenta a reforma tributária. Não respondeu. Há um embate entre o PT e o PL sobre o autor da medida, que diminuirá a carga tributária sobre a proteína animal. Haddad afirmou que, se manda um projeto de lei no “osso” para o Congresso, não vai “sobrar nada”, segundo ele. “Você manda um projeto sabendo que vai ter uma negociação ali. Não tem como a Fazenda mandar um negócio e ‘é isso ou nada’”, disse Haddad.
Ele participou do 19º Congresso da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) com o tema “As estratégias do governo para a economia”. O ministro afirmou que negocia com o Congresso desde 2001 e que é preciso ter “estratégia” de negociação. “A Fazenda manda aquilo que tecnicamente é o mais responsável e eu, de todos os discursos que eu fiz, eu falei: ‘toda exceção, de certa maneira, acaba prejudicando a reforma tributária’, porque a alíquota padrão vai subindo”, disse.
Na 5ª feira (11.jul.2024), Haddad disse que a isenção das carnes foi “vitória” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Ministério da Fazenda não propôs, no projeto enviado ao Congresso, a isenção de carnes. Dizia que, com a inclusão da proteína animal, a alíquota padrão subiria para 27,1%. Lula, porém, era favorável. Na 4ª feira (10.jul.2024), antes da votação da reforma tributária, Haddad foi questionado sobre as pressões da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) para incluir as carnes na cesta básica nacional. Ele respondeu: “É um pleito da FPA. Tem vários outros pleitos que estão.