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Sobe para 22 o número de casos confirmados de febre oropouche em Sergipe

O número de casos confirmados de febre oropouche em Sergipe subiu para 22, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), que divulgou a informação na manhã desta sexta-feira, 23. Antes desse aumento, o estado contabilizava 18 casos.

Conforme o boletim da SES, a maior parte dos casos está concentrada na cidade de Siriri, que contabiliza 18 registros. Os outros quatro casos foram registrados nas cidades de Capela, Nossa Senhora do Socorro, Nossa Senhora de Lourdes e São Cristóvão, cada uma com um caso confirmado.

Embora seja considerada uma doença leve, é importante adotar algumas medidas de prevenção, como o uso de roupas longas (camisas de manga longa e calças) em horários de maior atividade de mosquitos, além do uso de repelentes para ampliar a proteção.

Os principais sintomas da febre oropouche incluem febre alta, dores intensas na cabeça, dores musculares e articulares, podendo, em alguns casos, evoluir para situações mais graves. A SES recomenda que, ao sentir qualquer um desses sintomas, a população busque imediatamente atendimento médico para garantir o diagnóstico e tratamento adequados.

O infectologista da SES, Marco Aurélio Góis, ressaltou a importância de atenção especial para gestantes, destacando que ainda não se sabe completamente como o vírus pode impactar a gravidez, podendo resultar em malformações, partos prematuros ou até abortos. “A gente tem intensificado para que as gestantes se protejam mais ainda com repelentes”, alertou Marco.

O Oropouche é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça (Bradypus tridactylus) capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul.

A transmissão do Oropouche é feita principalmente pelo inseto conhecido como Culicoides paraensis (maruim). Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias. Quando o inseto pica uma pessoa saudável, pode transmitir o vírus.

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