Desde o início deste mês, Gusttavo Lima vem sendo investigado pela Operação Integration, a mesma que prendeu Deolane Bezerra. O cantor teve a prisão preventiva decretada pela Justiça de Pernambuco, nesta segunda-feira (23/9), suspeito de lavagem de dinheiro por práticas de jogos de azar.
Na ocasião, o sertanejo se manifestou sobre o inquérito, que foi motivado pela venda de uma aeronave:
“Injustiça. Em 2023, a Balada Eventos efetuou a venda de uma aeronave para uma das empresas investigadas. Foi pago um valor a título de sinal em decorrência desse contrato. Essa aeronave seguiu para uma inspeção pré- compra, onde, diante do laudo que foi emitido, essa pretensa compradora desistiu da compra”, alegou.
Gusttavo seguiu justificando: “Foi feito um destrato do contrato entabulado e a Balada Eventos devolveu o valor recebido a título de sinal. Posteriormente, a Balada Eventos vendeu essa aeronave para a JMJ. Em 2023, o contrato foi devidamente cumprido pela empresa JMJ e a Balada Eventos emitiu o recibo de transferência dessa aeronave”.
Ainda de acordo com o músico, existiu abuso de poder por parte do judiciário. “Nós entendemos que a Balada Eventos foi inserida no âmbito dessa operação simplesmente por ter se transicionado comercialmente com essas empresas investigadas. Houve um excesso, sim, por parte da autoridade”, afirmou.
Lima completou: “Poderia ter sido emitida uma intimação para que a Balada Eventos prestasse conta desses valores recebidos dessas empresas. Inserir a Balada Eventos como sendo uma integrante de uma suposta organização criminosa e lavagem de dinheiro? Aí é loucura! Esses fatos são a mais absoluta verdade e serão levados ao conhecimento do juízo”.
Por fim, Gusttavo Lima garantiu ser inocente e que “se a Justiça existir nesse país, ela será feita”. “São 25 anos dedicados à música, todos vocês sabem da minha luta para chegar até aqui. Abuso de poder e fake news eu não vou permitir… Sou honesto”, finalizou.
Venda da aeronave
No registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a empresa de Gusttavo Lima, com sede em Goiânia e Aparecida de Goiânia, aparece como proprietária da aeronave. São sócios e administradores da firma a Gsa Empreendimentos e Participacoes Ltda e Nivaldo Batista Lima, nome de registro de Gusttavo Lima.
Apesar disso, segundo o registro da Anac, a aeronave é operada pela empresa JMJ PARTICIPACOES LTDA, que também aparece como dona do helicóptero apreendido na Operação Integration, em Campina Grande. A JMJ é de propriedade de Jorge Costa Guimaraes Junior, Julio Cesar Lago Guimaraes e Marco Antonio Lago Guimaraes.
A operação que prendeu Deolane Bezerra, entre outros 18 alvos, teve o sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações.