Donald Trump voltará a ser presidente dos EUA em 2025. É o que indicam as projeções de serviços estatísticos, a pedido de institutos e meios de comunicação norte-americanos, sobre a apuração dos votos da eleição presidencial que se encerrou nesta terça-feira (5/11).
O republicano derrotou a candidata democrata, Kamala Harris. Pela projeção, o empresário, que já foi presidente entre 2017 e o início de 2021, garantiu, na manhã desta quarta (6/11), ao menos 277 delegados no colégio eleitoral.
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parabenizou Trump pela vitória: “A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo sorte e sucesso ao novo governo”.
Outros líderes internacionais fizeram o mesmo: o presidente da França, Emmanuel Macron; o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer; o presidente da Argentina, Javier Milei; e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu; o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky; a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni; o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez; e o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban.
O Partido Republicano conseguiu maioria no Senado e as projeções até o momento mostram também um número maior de cadeiras na Câmara.
Embora a disputa pela Presidência tenha deixado os eleitores com os nervos à flor da pele, as eleições para o Congresso — acima de tudo para o Senado — eram as que mais preocupavam a comunidade jurídica e os eleitores nos EUA.
Quem tem maioria no Senado confirma, ou não, a indicações de juízes, pelo presidente, para o cargo de ministro da Suprema Corte. Com isso, maior tribunal dos EUA deverá ser solidamente republicano por ao menos três décadas.
Hoje, a maioria republicana na Suprema Corte é de 6 a 3. Com maioria no Senado e Trump na Presidência, os ministros conservadores Clarence Thomas (76) e Samuel Alito (74) se aposentarão e serão substituídos por juízes na faixa etária dos 50 anos — o que manterá a maioria de 6 a 3 por muitos anos.
Depois deles, na sequência etária, vem a ministra liberal Sonia Sotomayor (70). Se a ministra, com problemas de saúde, tiver de se retirar, Trump irá nomear mais um ministro, passando a maioria conservadora-republicana para 7 a 2 — um desastre para os democratas do país.
A ministra tem resistido a insistentes pedidos de democratas para se aposentar durante o governo Biden. Eles receiam que ela repita a história da mais famosa e cultuada magistrada das últimas décadas nos EUA — a de Ruth Bader Ginsburg. A ministra recusou pedidos para se aposentar e morreu, aos 87 anos, semanas antes das eleições. Eleito, Trump nomeou a conservadora Amy Barrett para seu lugar.
Fonte: Conjur.com.br