A rescisão do contrato entre a Prefeitura de Lagarto e o Instituto de Desenvolvimento Humano (IDH), responsável pela gestão de serviços de saúde no município desde fevereiro de 2024, gerou repercussão e trouxe à tona relatos de insatisfação dos profissionais da área.
A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que a decisão foi tomada devido ao descumprimento de cláusulas do termo de colaboração pelo IDH, o que teria comprometido a qualidade dos serviços. Em resposta, o IDH declarou que a rescisão foi motivada pela inadimplência do município, que acumulou uma dívida de R$ 3,4 milhões até outubro de 2024, inviabilizando a continuidade das atividades. Apesar disso, a instituição afirma ter honrado as obrigações financeiras com seus colaboradores.
Porém, relatos de trabalhadores da saúde apontam uma realidade distinta. Um profissional, que preferiu não se identificar, afirmou:
“Estamos há quase dois meses sem receber nosso salário. A empresa joga a culpa na Secretaria de Saúde, e a Secretaria joga na empresa. Isso não existe.”
Ele também revelou que os colaboradores foram demitidos pelo IDH na última terça-feira (19/11) e, no mesmo dia, a Prefeitura os contatou para retornar ao trabalho sob nova gestão direta da Secretaria de Saúde, mas sem regularizar os pagamentos atrasados de outubro. Segundo ele, “a maioria resolveu não voltar.”
A insatisfação com a situação é evidente. O profissional ainda alertou: “A saúde vai parar.”
Enquanto isso, a Prefeitura reafirma que assumirá diretamente a gestão das atividades, buscando garantir o funcionamento pleno dos serviços e a melhoria contínua no atendimento. Já o IDH, que afirma ter ampliado os atendimentos em mais de 50% durante sua gestão, se colocou à disposição dos órgãos fiscalizadores para esclarecer os fatos.
O impasse reflete uma crise administrativa que afeta diretamente os serviços de saúde e os trabalhadores envolvidos, deixando a população de Lagarto em alerta quanto à continuidade dos atendimentos essenciais.
Por SimaoDiasComoEuVejo.com.br