Na manhã desta quinta-feira, 5, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Sergipe (FICCO/SE) deflagrou a Operação Chemical II, aprofundando investigações sobre um grupo criminoso especializado em tráfico de drogas, insumos químicos e lavagem de dinheiro com atuação em Aracaju e outras cidades.
Ao todo, estão sendo cumpridos seis mandados de prisão preventiva, seis mandados de prisão temporária e 14 mandados de busca e apreensão em sete cidades de quatro estados: Aracaju, São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro (SE), Camaçari (BA), Pilar (AL), Paulista (PE) e Jaú (SP). A Justiça determinou ainda o bloqueio de bens no valor de R$ 20 milhões, em um esforço para desarticular a estrutura financeira do grupo.
As investigações resultaram da descoberta, em agosto deste ano, de um laboratório clandestino de manipulação de cocaína em um condomínio fechado na zona sul de Aracaju. Na ocasião, foram apreendidos 5 kg de cocaína, 115 kg de insumos químicos (cafeína e tetracaína) e 33 kg de maconha. Com o avanço das apurações, foram identificados novos membros do grupo, incluindo um fornecedor ilegal de produtos químicos em São Paulo e a rede de distribuição e lavagem de dinheiro associada.
Os suspeitos poderão responder por tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, crimes com penas somadas de até 35 anos de prisão. O nome da operação, Chemical II , alude ao uso de insumos químicos em larga escala para a produção e comercialização de entorpecentes.
“As investigações continuam e, com certeza, mais pessoas serão identificadas e trazidas à justiça criminal”” — declarou o delegado Rafael Kaufer, responsável pela condução das investigações, durante coletiva de imprensa.
A operação foi realizada em parceria com as forças de segurança dos estados envolvidos, incluindo a FICCO/PE, FICCO/BA, FICCO/AL, FICCO/SP, além de unidades especializadas como ENARC/PC/SE, GOPE/SE, BPRP/PM/SE, CIOE/PM/SE, BPCHOQUE/PM/SE e BOPE/AL.
A FICCO/SE é composta por policiais federais, civis, militares, rodoviários, penais e pela Secretaria Nacional de Políticas Penais, reforçando a integração no combate ao crime organizado.