A Justiça proferiu nesta sexta-feira (6), de dezembro de 2024, a sentença contra os três policiais rodoviários federais envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, ocorrida em maio de 2022, em Umbaúba, Sergipe.
O caso ganhou repercussão nacional devido às circunstâncias cruéis da abordagem, que resultaram no uso de uma “câmara de gás improvisada” no porta-malas da viatura policial.
O julgamento durou 12 dias, William Noia foi condenado a 23 anos, 1 mês e 9 dias de prisão. Ele foi responsável pela abordagem inicial e por segurar a porta do porta-malas da viatura após uma bomba de gás lacrimogêneo ter sido lançada.
Kleber Freitas também recebeu a pena de 23 anos, 1 mês e 9 dias. Durante a abordagem, ele utilizou spray de pimenta contra Genivaldo por cinco vezes, contribuindo para a asfixia que levou à morte.Paulo Rodolpho, que chegou ao local após a abordagem já iniciada, foi condenado a 28 anos de prisão.
Ele foi responsável por lançar a bomba de gás e, assim como William, segurar a porta da viatura. As defesas dos três réus ainda podem recorrer da decisão.Relembre o casoGenivaldo de Jesus Santos, um homem negro de 38 anos, com histórico de esquizofrenia, foi abordado por policiais rodoviários federais enquanto andava de motocicleta.
A abordagem escalou rapidamente, culminando na morte de Genivaldo por asfixia e insuficiência respiratória provocadas pelo uso de gás lacrimogêneo em um espaço fechado. O episódio gerou comoção e protestos por todo o Brasil, reacendendo debates sobre violência policial e racismo institucional.