O mercado de seguros automotivos em Sergipe tem muitas razões para comemorar. Isso porque, de acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), em 2024, o número de contratações aumentou 3,9%, o que significa uma arrecadação de R$ 231,5 milhões somente até o mês de setembro.
“Minhas perspectivas para o mercado de seguros em 2025 apontam para um cenário de crescimento sustentado, impulsionado por inovações tecnológicas, mudanças no perfil dos consumidores e maior conscientização sobre a importância da proteção financeira”, afirma Max Dósea.
O corretor, que também é formado em administração, ainda elenca os principais motivos pelos quais alguém deve contratar o seguro automotivo. Confira:
- Proteção financeira: evitar prejuízos com acidentes, furtos ou danos.
- Tranquilidade: garantia de assistência em imprevistos.
- Exigências legais ou contratuais: necessidade de seguro em financiamentos ou leasing (modalidade de contrato que associa aluguel e venda à prestação, por meio de uma técnica especial de financiamento).
- Proteção de terceiros: cobertura para danos causados a outros veículos ou pessoas.
- Vantagens extras: benefícios como carro reserva e assistência 24h.
O técnico em transações imobiliárias e funcionário público, Flávio Menezes Fontes Silva, encarou essa situação de perto. Após enfrentar um acidente com sua família, ele viu que havia uma necessidade de um seguro no seu automóvel.
“Já precisei e é melhor ter e não precisar do que precisar e não ter”, comentou ao portal.
Mas é necessário ter cuidado antes de contratar o serviço. O empresário Rubson dos Santos Rodrigues, que atua no setor automotivo, informa o que deve ser feito antes da contratação.
“Primeiramente, (a seguradora) tem que ser credenciada pela Susep ( órgão responsável em fiscalizar e regulamentar empresas do ramo ); segundo ponto é não economizar nos benefícios pois sempre acabamos precisando de cláusulas que acabam não incluindo para baratear a apólice (Documento legal que formaliza o contrato entre a seguradora e o segurado). Por último, na pesquisa de mercado, a assistência da companhia será primordial”, afirma Rubson dos Santos.
Sobre a questão de como funciona a garantia de danos por causas diversas, o corretor Max Dosea explica que ela se divide em coberturas básicas e adicionais.
- “Coberturas básicas: colisão: Danos ao veículo por acidente; roubo ou Furto: indenização em caso de perda total ou parcial; incêndio: danos causados por fogo acidental.
- Coberturas Adicionais: danos a terceiros: custos com veículos ou pessoas afetadas pelo segurado; assistência 24h: reboque, troca de pneus, pane elétrica/mecânica; vidros, farois e retrovisores: reparos ou substituições; carro reserva: empréstimo de veículo durante reparos”, informa ao F5.
Em relação a o que um seguro não cobre, o administrador resume em exclusões gerais, desgastes naturais e eventos não contratados.
- “Exclusões gerais: danos causados em competições ou rachas; uso do veículo fora das condições acordadas (ex.: transporte comercial não autorizado); ato intencional ou má-fé do segurado; condução por motorista sem habilitação ou sob efeito de álcool/drogas.
- Desgaste natural: manutenção do veículo ou problemas devido ao uso prolongado.
- Eventos Não Contratados: itens ou situações não incluídas no contrato (ex.: acessórios não declarados)”, comunica Max Dosea dos Santos
“Os detalhes variam entre seguradoras e contratos, por isso é essencial ler a apólice com atenção”, adiciona o corretor de seguros.
É certo que o mercado de seguros automotivos ainda tem muito a crescer em Sergipe e no Brasil. Enquanto isso acontece, os dois lados do ramo veem a necessidade de conscientização da população.
“É um mercado que irá crescer muito pela necessidade, porém, ainda precisa existir uma educação ou informação adequada sobre a importância do assunto e nisso o governo poderia levar às escolas ou meios de comunicação, a fim de educar a sociedade”, opina o funcionário público, Flávio Menezes.
“Torcemos para uma melhora, precisamos passar aos nossos clientes mais clareza e importância de se possuir um seguro; outro ponto são as prioridades na renda familiar e o seguro não é uma delas; por isso, vejo que há muito trabalho a se fazer para colocar na cabeça do público que seguro, sim, é algo importante”, complementa o empresário Rubson dos Santos ao portal Fonte: F5 News.