Bolsonaro pede anistia e critica Supremo Tribunal Federal durante ato na Avenida Paulista

Neste domingo (6), apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram na Avenida Paulista, em São Paulo, para um ato convocado por ele. A manifestação teve como principal pauta o pedido de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, em Brasília. O evento contou com a presença de diversos governadores aliados de Bolsonaro: Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ratinho Junior (Paraná), Wilson Lima (Amazonas), Ronaldo Caiado (Goiás), Mauro Mendes (Mato Grosso) e Jorginho Mello (Santa Catarina). Parlamentares e outras autoridades, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também participaram do ato.

O ato teve início por volta das 14h, com uma oração conduzida pela deputada federal Priscila Costa (PL-CE), vice-presidente do PL Mulher. Durante a manifestação, parlamentares defenderam o projeto de lei que tramita na Câmara e propõe anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Segundo o vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), há uma mobilização intensa para que a proposta seja colocada em pauta em breve.

O Supremo Tribunal Federal (STF) foi alvo de críticas em diversos momentos. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), por exemplo, classificou os ministros como “ditadores de toga” em seu discurso. Do alto do trio, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pediu uma “anistia humanitária” aos condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes. Segurando um batom na mão, ela saiu em defesa da cabeleireira Débora Rodrigues Santos, presa por ter pichado com um batom a estátua “A Justiça”, em frente ao STF em Brasília. Vários manifestantes, vestidos de verde e amarelo, também levavam nas mãos batons e alguns até batons infláveis em referência ao caso da pichadora, que virou símbolo da direita no seu discurso de que sofre perseguição. O PL já cogita lançá-la a deputada no ano que vem.

Débora é ré no STF não só pela pichação com os dizeres “perdeu, mané”, mas também por ter aderido, segundo a Procuradoria-Geral da República, ao movimento golpista desde o fim das eleições de 2022. Ela é suspeita também de apagar provas, obstruindo o trabalho de investigadores e da Justiça. Discurso de Bolsonaro.

Por volta das 15h40, Jair Bolsonaro discursou e pediu anistia para os presos pelos atos golpistas. Fez críticas ao STF e ao presidente Lula. Ao defender o seu governo, elogiou a sua equipe econômica na época, citou a criação do PIX entre os feitos da sua gestão e afirmou ter havido uma “interferência” que fez mudar o resultado final das eleições de 2022. “Sabíamos o que estávamos fazendo, mas, lamentavelmente, a pressão foi enorme, inclusive, de fora do Brasil, mas temos esperança”, afirmou. O ex-presidente lembrou ainda quando viajou aos Estados Unidos dias antes do fim do seu mandato. Ele disse que “o golpe deles só não foi perfeito” porque no dia 30 de dezembro de 2022 ele saiu do país. “Algo me avisou”, afirmou, acrescentando que, se estivesse no Brasil em 8 de janeiro, teria sido preso “e estaria apodrecendo até hoje ou até assassinado”.

Por SergipePolitica.com.br

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