Parlamentares da oposição em Paripiranga, acusam a gestão do prefeito Talisson Santa Rosa (PSD) de articular a ausência de servidores públicos e vereadores aliados nas sessões da Câmara Municipal, com o objetivo de impedir a posse do suplente oposicionista Ival Rabelo de Souza (MDB).
Segundo a denúncia, a Prefeitura estaria tentando bloquear o fortalecimento da oposição, temendo prejuízos na aprovação de projetos de interesse do Executivo. A crise política se agravou após a renúncia do vereador Alexandre Magno Rodrigues de Oliveira (MDB), no dia 7 de abril. De acordo com o Regimento Interno da Casa Legislativa, com a vacância, o suplente deveria ser automaticamente convocado. A Câmara é formada por 11 vereadores, sendo 6 da oposição e 5 da base governista.
Além da ausência dos aliados do governo municipal, há denúncias de que servidores com cargos comissionados – entre eles professores, diretores escolares, enfermeiros e o diretor do hospital – foram mobilizados para protestar dentro da Câmara durante o horário de expediente, pressionando o Legislativo.
A presidência da Câmara, liderada pela vereadora Neide Carvalho (MDB), rechaçou a tese de que a renúncia precisaria ser submetida a votação. “A renúncia é um ato individual e não depende de aprovação dos vereadores. Impedir a posse do suplente fere o princípio democrático”, afirmou.
Buscando assegurar sua nomeação, Ival Rabelo entrou com mandado de segurança. No entanto, o pedido foi negado pelo juiz André Andrade Vieira, que destacou a necessidade de quórum mínimo de seis vereadores para que a posse ocorra. A oposição pretende recorrer ao Tribunal de Justiça da Bahia para reverter a situação. Enquanto isso, a Câmara de Paripiranga segue operando com apenas dez vereadores, em meio a acusações de abuso de poder político para inviabilizar os trabalhos legislativos.
Por SimaoDiasComoEuVejo.com.br / Com informações do Jornal A Tarde