Três pessoas são presas em operação da PF que investiga vazamento de informações sigilosas do STJ

 Foto: Kaliton Mota/TV Anhanguera

O prefeito Eduardo Siqueira Campos (Pode) e mais duas pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira (27) em Palmas, em nova fase da Operação Sisamnes. As prisões foram determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e fazem parte do inquérito que apura supostos vazamentos de decisões judiciais no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A informação foi apurada pela TV Anhanguera. Os outros presos são um advogado e um policial civil.

Segundo a Polícia Federal, a operação busca aprofundar as investigações sobre a existência de uma organização criminosa responsável pelo vazamento sistemático de informações sigilosas, com impacto direto sobre operações da Polícia Federal.

Em maio, Eduardo foi alvo de buscas durante a 9ª fase da Operação Sisamnes, realizada pela Polícia Federal. Na época, a PF chegou a pedir o afastamento dele do cargo, mas o pedido tinha sido negado. O prefeito é investigado por supostamente ter vazado informações sigilosas para o advogado Thiago Marcos Barbosa, sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), em 2024.

Além dos três mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e medidas cautelares diversas foram autorizadas pelo STF.

Conforme a PF, a apuração revelou indícios de que informações confidenciais estariam sendo antecipadamente acessadas, articuladas e repassadas a investigados, com o envolvimento de agentes públicos, advogados e operadores externos.

O grupo é suspeito de utilizar desses dados sensíveis para proteger aliados, frustrar ações policiais e construir redes de influência.

Relação entre Eduardo e Thiago Barbosa

Thiago Barbosa está preso desde março de 2025, após determinação do STF. A investigação aponta que ele, supostamente, conseguiu acesso a inquérito sobre investigação e repassou para o tio.

Wanderlei Barbosa nega que tenha recebido informações privilegiadas e não é alvo da investigação da PF.

Depois das buscas realizadas em maio, Eduardo Siqueira afirmou que conhece Thiago e eles têm uma relação de “afeto”. O prefeito negou que tenha repassado informações privilegiadas e disse que apenas indicou um advogado para defendê-lo.

Apesar disso, diálogos obtidos pela GloboNews apontaram que o prefeito supostamente teve conhecimento detalhado de um processo em curso no STJ e dizia ter uma fonte no tribunal.

Thiago Barbosa segue preso na Unidade Penal de Palmas.

Fonte: G1

» Acompanhe nossas notícias pelo InstagramFacebookTelegram e WhatsApp
PUBLICIDADE
Aço Paris

Deixe um comentário