
O empresário sergipano Arnóbio Coutinho afirmou que teve o caminhão furtado na Bahia, no último sábado, e anunciou uma recompensa para recuperar o veículo. Segundo ele, no dia seguinte, após receber a informação da localização do caminhão no município sergipano de Monte Alegre, ele foi procurado pelo delegado de Nossa Senhora da Glória, que perguntou sobre a recompensa. A suspeita do empresário é que o delegado tentou obter vantagem da situação.
Arnóbio falou que, inicialmente, o delegado Jorge Eduardo dos Santos não teria contado que era uma autoridade policial, afirmou saber onde estava o veículo e solicitou informações sobre como seria paga a recompensa. Ainda de acordo com empresário, após ser informado de que a localização já havia sido relatada e a recompensa seria dada para a primeira pessoa que fez o contato, o delegado então se apresentou como autoridade.
O veículo foi levado para a delegacia de Nossa Senhora da Glória, onde permanece até a manhã desta quarta-feira (16). Arnóbio também relatou que os pneus do veículo estavam esvaziados.
Através de nota, a Secretaria do Estado da Segurança Pública (SSP/SE) disse que a restituição do veículo seguiu, inicialmente, os trâmites legais previstos na legislação vigente e que foi instaurado um procedimento administrativo para apuração dos fatos.
Sobre a suposta exigência de vantagem indevida para a liberação do veículo, a secretaria disse que, nas primeiras informações prestadas à Corregedoria, essa situação não foi formalmente denunciada e só foi formalizada nesta terça-feira.
O que diz a defesa do delegado
A defesa do delegado, representada pelo advogado Guilherme Maluf, informou que as acusações do empresário são falsas e que todas as providências legais cabíveis serão tomadas.
Maluf informou ainda que o veículo não foi devolvido por causa de inconsistência no banco de dados de outros estados referente a informações do caminhão, que demandam apuração. Dessa forma, segundo Maluf, a instauração do procedimento se tornou imprescindível para esclarecer eventual ilegalidade.
Fonte: G1