
Assim, meio que sem pretensão, de vez em quando alguém de alta voltagem na observação da política de Sergipe e de suas ebulições traz à cena da sucessão de 2026 uma conjectura no entorno de Edvaldo Nogueira, PDT, que não parece de tudo desapracatada, irregular e inconsequente.
Mas que conjectura seria essa? Que se vá direto ao ponto, sem rodeios: seria a possibilidade de Edvaldo Nogueira, acossado em suas pretensões de ir à disputa pelo Senado, lançar-se na disputa ao Governo do Estado.
Isso mesmo: de sacudir-se na corrente do contra Fábio Mitidieri e o projeto de reeleição do governador em 2026. Um grandola da política estadual, que surfa nessa conjectura, jura que Nogueira – que estaria bem nas pesquisas pro Senado – seria capaz de causar enorme dor de cabeça a Fábio se migrasse para uma disputa pelo Governo.
Um outro confabula de pé junto que se Valmir de Francisquinho, que de fato detém enorme liderança estadual na sucessão, não viabilizar sua participação no ano que vem, aí é que Edvaldo ficará sibite e que poderá subir nas tamancas e causar enormes estragos.
Uma outra figura, de imaginação bem fecunda, visualiza um comboio eleitoral liderado por Edvaldo Nogueira contra Fábio e estimulado, fomentado e apoiado pelo presidente Lula. Este pensante faz projeções curiosas.
A primeira delas: Lula fomentaria Nogueira como um antídoto ao candidato de Fábio Mitidieri à Presidência da República em Sergipe, Ratinho, PSD. Edvaldo seria o palanque de Lula, já que Rogério Carvalho não botaria a cara de novo pela sucessão e só pensa em se reeleger senador. (É quase óbvio que se não houver candidatura do PSD à Presidência, Fábio irá de Lula e não se atracará com os barrotões da extrema-direita que se insinuam vir por aí).
A conjectura desta “outra figura” traz filigranas preciosas: Lula daria a Edvaldo o sonho de se fazer governador, mas o calçaria com a possiblidade de, em isso não ocorrendo e com próprio Lua se reelegendo presidente, fazer dele ministro de seu Governo. E isso, Nogueirinha adoraria e, nessa condição, estofaria o peito para tentar tomar o lugar de Emília Corrêa dois anos depois – que é o que ele mais quer pra sua vidinha de eterno prefeito da capital sergipana.
Mas há, entre os conjecturadores das eventuais aventuras do ex-prefeito, quem jamais o veja desgarrado de Fábio, embora Fábio tenha dado sinais de que Edvaldo não é um seu candidato do coração ao Senado – isto estaria mais para Alessandro Vieira e André Moura, apesar de o povo de André Moura estar “por aqui” com Fábio, vendo no governador gestos e atitudes que visam ejetar o herdeiro de Reinaldo Moura de uma parceria saudável e confiável.
Isso também não passa de conjecturas do mesmo quilate das que brotam no entorno de Edvaldo Nogueira. O certo mesmo é deixar quietas a ponte e as águas que passarão por debaixo dela nesta sucessão e esperar a hora exata das coisas – mesmo que não haja meios de negar que Fábio Mitidieri é quase imbatível como um pré-candidato a continuar como governador.
Fonte: JL Política