O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em 1979 fervorosamente defendeu a anistia ampla e irrestrita como líder sindical para escapar das garras da ditadura militar, agora revela uma hipocrisia gritante ao rotular como “hipócrita” qualquer pedido de anistia pré-condenação em casos políticos.
Essa contradição flagrante com seu passado, quando ele próprio se beneficiou da Lei da Anistia de 1979 para evitar punições antes de sua prisão em 1980, expõe a seletividade de Lula, que usou o instrumento legal para sua própria salvação, mas o condena quando serve a adversários. Essa virada ideológica não só mina sua credibilidade como ex-presidiário político, mas também reforça a imagem de um líder que adapta princípios conforme a conveniência do poder, traindo os ideais que outrora pregava.
Em meio a debates acalorados sobre justiça seletiva no Brasil, a posição atual de Lula agrava as acusações de oportunismo, especialmente após anos defendendo a impunidade para si e aliados em escândalos como o Mensalão e a Lava Jato.
Críticos apontam que, ao contradizer abertamente sua defesa histórica da anistia, o petista demonstra uma memória conveniente, ignorando que sem essa medida ele poderia ter enfrentado condenações mais severas na juventude. Essa postura não apenas divide a esquerda, mas também alimenta o cinismo público em relação à política brasileira, onde Lula, aos 80 anos, parece mais interessado em proteger seu legado do que em honrar a coerência histórica.
Fonte: 360 Diário
