Os Professores da Rede Estadual de Ensino de Sergipe decidiram suspender as atividades na próxima segunda-feira, 13 de outubro, após deliberação em assembleia realizada na última quinta-feira, 9, no Cotinguiba Esporte Clube, em Aracaju. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (SINTESE), a paralisação tem como objetivo pressionar o Governo do Estado a apresentar uma proposta concreta para a reestruturação do triênio, benefício que reconhece o tempo de serviço dos docentes e que foi congelado em 2022, durante a gestão do então governador Belivaldo Chagas.
A mobilização terá início nas primeiras horas da manhã, a partir das 5h30, nos terminais de integração da capital e região metropolitana, onde professores e professoras farão panfletagem para dialogar com a população sobre as razões da paralisação. Em seguida, às 8h, está prevista uma concentração em frente à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), no bairro Jardins, em Aracaju. O movimento pretende chamar a atenção para a ausência de avanços nas negociações com o governo estadual.
Segundo o SINTESE, o triênio não representa aumento salarial, mas sim um direito adquirido que valoriza o servidor a cada três anos de serviço. O sindicato argumenta que o congelamento da gratificação trouxe prejuízos financeiros à categoria e que a retomada do benefício é fundamental para garantir a valorização profissional dos educadores.
O SINTESE afirma ter participado, desde março deste ano, de diversas reuniões com o governador Fábio Mitidieri e representantes das secretarias da Educação, Fazenda e Administração. Segundo o sindicato, o governador teria indicado a disponibilidade de R$ 70 milhões anuais, durante três anos, para a restauração do triênio. A partir desse valor, o sindicato elaborou uma proposta técnica e financeira que, segundo seus estudos, demonstra a viabilidade da retomada do benefício sem comprometer o orçamento do estado.
Apesar das negociações e da proximidade entre os dados apresentados pelo SINTESE e os levantamentos realizados pela Secretaria de Administração, o governo ainda não apresentou uma resposta definitiva. Diante da falta de avanço, os professores decidiram pela paralisação. O presidente do SINTESE, Roberto Silva, reforçou que a categoria espera o envio imediato do projeto de lei à Assembleia Legislativa, a fim de restabelecer o direito ao triênio e encerrar o impasse que já se arrasta há sete meses.
“O que esperamos, neste momento, é o envio do Projeto Lei para a Assembleia Legislativa de Sergipe, retomando o direito do triênio, assegurando o nosso direito. Apresentamos uma contraproposta dentro limite financeiro de 70 milhões/ano, durante três anos, seguindo o que foi apontado pelo próprio governador. O que não dá mais é essa indefinição sem fim. Precisamos de resposta concreta”, afirma o presidente do SINTESE professor, Roberto Silva.
*Com informações do SINTESE