
A estudante brasiliense Aline Lemos foi uma das poucas testemunhas do roubo milionário no Museu do Louvre, em Paris, que ocorreu em um domingo (19). Ela estava a cerca de dois metros da janela por onde os ladrões armados entraram na galeria Apolo, um dos salões mais luxuosos e históricos do museu.
Em entrevista ao Fantástico, contou que estava filmando as vitrines e admirando as joias da sala no momento em que os bandidos arrombaram a janela.
“Eu tava muito perto, a um metro da janela. Ouvi o barulho de pancada e depois o som de uma motosserra. Foi muito assustador”, contou em entrevista ao Fantástico.
O assalto aconteceu por volta das 9h30, meia hora depois da abertura do museu. Os criminosos estacionaram um pequeno caminhão com uma escada mecânica em uma lateral pouco movimentada, subiram até a sacada da galeria e quebraram a janela.
Em apenas quatro minutos, levaram nove joias da coroa francesa, avaliadas em cerca de R$ 50 milhões. Entre elas, o broche relicário da Imperatriz Eugênia, presente de Napoleão I.
Aline relatou que turistas e funcionários foram retirados às pressas. “Os seguranças começaram a direcionar todo mundo para a entrada principal, embaixo das pirâmides. Depois abriram escadas de emergência e foi por uma delas que eu consegui sair”, disse.
Após o roubo, o museu fechou a galeria e transferiu as peças remanescentes para um cofre do Banco da França.
Dois suspeitos foram presos em Paris: um homem com dupla cidadania francesa e argelina, detido no aeroporto Charles de Gaulle ao tentar embarcar para a Argélia, e outro francês. Ambos já eram conhecidos por participar de roubos sofisticados.
Segundo a jornalista e pesquisadora Elane Sciolino, especialista na história do Louvre, o crime escancarou vulnerabilidades antigas.
Sciolino também afirmou que a ferramenta usada para quebrar as vitrines é a mesma descrita em um manual interno de emergência do museu, levantando suspeita de um possível vazamento de informações.










