
A acessibilidade e a inclusão marcaram presença na maior revisão final para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do Brasil. O evento, promovido pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seed), foi realizado nesta sexta-feira, 7. A participação de estudantes com necessidades especiais foi garantida por meio de um conteúdo de excelência e do apoio de profissionais qualificados, assegurando melhor aproveitamento nessa reta final de preparação para o exame.
O secretário de Estado da Educação, Zezinho Sobral, destacou a importância da inclusão na educação pública e, especialmente, nesse momento decisivo na vida dos estudantes. “Quando a gente fala em acessibilidade, não estamos nos referindo apenas a rampas ou elevadores, que são fundamentais, mas, acima de tudo, à capacidade de inserção, à possibilidade de estar presente em um ambiente acolhedor, onde o estudante compreenda, se identifique, se veja e participe efetivamente daquela ação de forma plena”, pontuou o secretário.
Como marco desse avanço na inclusão, o evento contou, pela primeira vez, com a parceria entre a Seed e o Instituto Pedagógico de Apoio à Educação do Surdo de Sergipe (Ipaese). Cerca de 20 alunos do Instituto, acompanhados por intérpretes, participaram ao lado de estudantes da rede estadual que integram a comunidade surda, garantindo igualdade de condições e acesso ao conteúdo.
O Ipaese é a única escola bilíngue do estado e a única da região Nordeste que contempla toda a Educação Básica para surdos. Para a aluna do Ipaese Ana Beatriz Casado, a experiência na ‘Revisão Final’ foi um divisor de águas. “É a primeira vez que venho a este lugar e estou muito empolgada. Minha expectativa é absorver ao máximo as informações, aprender o que falta e aproveitar todas as dicas e estratégias para a prova. É um momento crucial para isso”, afirmou.
A eficácia da política de inclusão também foi reconhecida pelo estudante da 3ª série do Centro de Excelência Profissionalizante Professora Neuzice Barreto e do Pré-Universitário de Nossa Senhora do Socorro, Rafael Alves. Autista, ele compartilhou sua experiência durante o processo de preparação.
O acolhimento e o cuidado especializado se estenderam ao aulão de revisão final, garantindo que suas necessidades fossem plenamente atendidas por professores e coordenadores. Rafael resumiu o impacto da inclusão em sua trajetória. “Eu me sinto acolhido e muito bem tratado. Os coordenadores e professores sabiam da minha necessidade, tinham um cuidado especial comigo, faziam o possível para melhorar meu estudo e me deixar confortável. Eu sempre me senti acolhido”, relatou.
Resultado da inclusão
A inclusão é, portanto, um princípio ativo em todas as ações da Seed. A diretora do Departamento de Apoio ao Sistema Educacional (Dase), Eliane Passos, ressaltou que o aumento na participação de estudantes com necessidades específicas é resultado de um esforço contínuo de acolhimento, voltado a fortalecer a confiança dos alunos na realização das provas. “Esse resultado é fruto de muito trabalho, um processo de conquista e de perseverança, para garantir que eles estejam e se sintam acolhidos”, destacou a diretora.
Ao investir em acessibilidade plena, o Governo de Sergipe não apenas cumpre seu papel legal e social, mas também promove a equidade de oportunidades, assegurando que a maior revisão final do Enem seja, de fato, a chance de todos os estudantes escreverem o seu futuro no ensino superior.
Fonte: Seed/SE