Polícia Civil prende investigada por captar contas bancárias para golpe em site de vendas

Vítimas tiveram prejuízos que chegam a R$ 300 mil

Uma operação conjunta entre o Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), da Polícia Civil de Sergipe, e do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), da Polícia Civil da Bahia, resultou no cumprimento do mandado de prisão de Lorena Ketelin da Silva, 23 anos. Ela é investigada por captar contas bancárias para o uso em golpes praticados em um site de vendas. A prisão ocorreu na cidade baiana de Simões Filho e foi divulgada nesta terça-feira (11).

De acordo com a delegada Lauana Guedes, a investigada cooptava pessoas para fornecerem suas contas bancárias para a prática do estelionato. “Ela tinha como responsabilidade captar contas laranja para o recebimento de quantias oriundas de golpes envolvendo a comercialização de veículos na internet. O prejuízo das vítimas foi superior a R$ 300 mil. A cada depósito, o valor era sacado imediatamente. As investigações continuam para descoberta de todos os indivíduos e individualização de suas condutas”, detalhou.

Lauana Guedes destacou também que o procedimento investigativo, conduzido pela Polícia Civil de Sergipe, prossegue para identificar a participação de outras pessoas no golpe. “As diligências continuam, pois sabemos que há outras pessoas e que Lorena era responsável apenas por captar essas contas de pessoas próximas. Aqueles que emprestaram as contas também podem ser indiciados, se percebermos que, de algum modo, eles contribuíram para o golpe. Ela foi ouvida e confessou a prática delitiva”, revelou.

A delegada Suirá Paim explicou que o golpe sempre deixa duas vítimas, tanto o vendedor, quanto o comprador do bem anunciado no site. “O golpe é antigo e vem ocorrendo desde anos anteriores, se intensificando bastante durante a pandemia. O estelionatário, por meio do site de vendas, verifica o anúncio verdadeiro, entra em contato com o vendedor e se mostra interessado na compra do bem. Ele solicita que o vendedor retire o anúncio e, a partir daí, cria um anúncio falso, colocando o bem abaixo do valor anunciado”, informou.

Suirá Paim mencionou ainda que, a partir do anúncio falso, o estelionatário consegue realizar um encontro entre ambas as vítimas para a concretização do golpe. “A partir de então, ele provoca o encontro entre comprador e vendedor, fazendo com que eles omitam informações importantes. Ocorre a transação e o dinheiro é depositado na conta de um terceiro. Somente a partir daí, é que as vítimas percebem que caíram num golpe”, narrou a delegada.

A delegada orientou que é preciso verificar questões importantes no tocante aos valores e à titularidade da conta para a qual será feito o pagamento. “Chamamos a atenção para que as pessoas redobrem os cuidados nas transações feitas pela internet. Se a transação é lícita, não existe razão para que sejam omitidas informações. É preciso prestar atenção na conta fornecida para o depósito do pagamento. A conta deve estar no nome do proprietário do bem, além de ser verificado se a conta é de fora do estado”, esclareceu.

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