Lula diz que o ‘Povo vai eleger e empossar o presidente em 2022 e não será o Bolsonaro’

Além das críticas ao atual governo, o ex-presidente comentou a necessidade de uma reforma política, defendeu o voto eletrônico e parabenizou a atuação da CPI da Covid-19

Foto: Jovem Pan

O ex-presidente Lula (PT) concedeu entrevista à Jovem Pan News de Sergipe nesta terça-feira, 20, e afirmou que a situação que o país enfrenta em virtude da pandemia do coronavírus é o que motiva a sua possível candidatura à Presidência nas elições de 2022. “É exatamente pela situação difícil que o Brasil está vivendo que eu talvez possa me definir como candidato em 2022. Eu estou conversando com muita gente, estou ouvindo muita gente e, no momento certo, eu tomo a decisão se é é possível ser candidato ou não”, afirmou o petista. “Nós definimos que, em 2021, a gente ia se dedicar primeiro em brigar com o governo para que ele assumisse a responsabilidade de garantir que todo o povo brasileiro pudesse ter vacina. Depois, a gente vai brigar com o governo, e estamos brigando, para que ele conceda o auxílio de R$ 600 para que o povo possa sobreviver. E terceiro, para que a gente consiga fazer com que pequenos e médios empreendedores possam ter crédito para que mantenham as suas empresas funcionando e para que a gente evite o crescimento do desemprego”, explicou Lula, que acrescentou que não esperava que a fome voltasse ao Brasil. “É preciso voltar a governar esse país para tentar mostrar que é possível o povo brasileiro viver melhor, é possível o povo brasileiro acordar todo santo dia e tomar café, almoçar, janta”, elencou Lula, que afirmou que o que está vendo atualmente é o “desmonte do Brasil”.

‘Se tivesse fraude no voto eletrônico, jamais o Lula seria presidente da República’

O político também comentou sobre a necessidade de uma reforma política. “Houve duas tentativas de fazer reforma política, mas reforma política não passa porque os deputados não querem reforma política. Não é papel do presidente da República de fazer reforma política, ela é papel dos partidos. Se dependesse de mim, o Brasil tinha no máximo dois, três partidos políticos, porque com poucos partidos você pode criar uma coalização, pode fazer acordo interpartidário, mas com 35 legendas é muito complicado”, apontou Lula, que acrescentou que foi um erro do Partido dos Trabalhadores não ter discutido a reforma politica nesses anos. “Foi um erro o nosso partido não ter discutido a reforma política com a dimensão que deveria discutir. Foi um erro a gente não provocar essa discussão até agora. A gente poderia estar discutindo reforma política agora e não essa coisa que eles chamam de ‘Distritão’, que é um jeito deles se perpetuarem no poder, ou discutir o semipresidencialismo, que é um outro golpe para evitar que nós possamos ganhar as eleições. Sinceramente não dá para brincar de reforma política.”

Lula aproveitou para fazer defesa do voto eletrônico e criticou, mais uma vez, a gestão de Jair Bolsonaro. “A seriedade que eu dou ao voto eletrônico é o fato de eu ter disputado todas as eleições e o PT ou foi primeiro ou foi o segundo em todas elas. Se pudesse ter roubo no voto eletrônico, jamais o Lula seria presidente da República. Se pudesse ter roubo, a Dilma não teria ganho em 2014. O que o Bolsonaro quer, na verdade, é criar celeuma como o Trump tentou criar nos Estados Unidos. É tentar colocar em dúvida”, justificou o ex-presidente. “Ele agora está dizendo que ganhou as eleições no primeiro turno e foi roubado. Essa eleição foi roubada por conta do Bolsonaro. Ele roubou com mentira, não indo para debate, com fake news”, criticou Lula. “Tenha responsabilidade, Bolsonaro. Você é presidente da República. Pare de brincar com o sentimento do nosso povo. Ninguém quer pegar a faixa de você, Bolsonaro. Sabe quem vai derrotar você? O povo brasileiro. Sabe quem vai passar a faixa? O povo brasileiro. Pode deixar que o povo vai eleger e empossar o presidente eleito em 2022, e não será você”, afirmou o político, que ainda parabenizou a atuação da CPI da Covid-19 na fiscalização do poder Executivo. “A CPI é uma coisa muito importante. Essa era uma CPI que era necessária. Em algum momento teremos um veredito e eu acho que o Bolsonaro não terá muito recurso. Será ou impeachment ou interdição dele”, concluiu.

Fonte: Jovem Pan News

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