INTRODUÇÃO
Esta mensagem é uma continuação a primeira parte um foi publicada neste mesmo portal no dia 22 de setembro, na primeira parte falamos os primeiros cinco princípios para uma vida cristã saudável e nesta vamos concluir falando mais cinco princípios. Vou repetir logo a baixo a introdução da primeira parte, mas acesse a parte um para ler a mensagem na íntegra.
A primeira coisa que todo cristão precisa entender é que ele precisa ler a Bíblia com uma certa frequência, a mesma é tecnicamente o manual daqueles que querem seguir a Cristo e fazer o que Ele fez, ser semelhante ao Pai, funciona como um alimento diário para a fé, assim como consumimos alimentos naturais para fortalecer o corpo, precisamos também alimentar a nossa fé e uma das maneiras de nos alimentarmos espiritualmente é através da Bíblia que é a Palavra de Deus. Abaixo veremos alguns princípios retirados do livro bíblico de Mateus para termos uma vida cristã genuína, uma vida cristã saudável.
SEXTO PRINCÍPIO: ORA COMO CRISTO OROU
“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém”. (Mateus 6:9-13).
Esta é a conhecida oração do Pai Nosso, a mesma serve de modelo de como podemos nos achegar ao Pai em oração, nos ensina como honrar a Deus, respeitar e aceitar a sua vontade, crer que o Pai é nosso provedor, reconhecer nossos pecados, perdoar as pessoas e por fim reconhecer a soberania de Deus.
Todo cristão genuíno precisa estar sempre em oração, C.S. Lews dizia que: “Orar é voar e abraçar Deus com o coração”. Só que esta oração não deve ser ao nível de penitência, mas sim no nível do relacionamento, o Pai quer ter relacionamento conosco e a oração é a forma de efetivarmos essa comunicação e desenvolvermos intimidade.
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Alguns princípios para um vida cristã genuína baseada no livro bíblico de Mateus – Parte I
SÉTIMO PRINCÍPIO: NÃO SERVIR AS RIQUEZAS
“Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”. (Mateus 6:24)
Perceba que o problema em si não está nas riquezas e sim no tratá-la como um deus concorrente, e Deus não aceita dividir a sua glória. É óbvio que as pessoas não assumem que servem ao dinheiro, com raras exceções, porém a prática nos mostra que de fato isso acontece de fato. Quando o seu propósito final na vida se resume a acumular bens. Mais uma vez repito não tem nada de errado com as riquezas em si mesmas, inclusive no livro de Eclesiastes o sábio Salomão nos ensina que “riquezas é um dom de Deus”, o apóstolo Paulo ensinado a Timóteo também explica que o problema não é o dinheiro, mas o amor ao mesmo, sabemos que é difícil tê-lo e não amá-lo, mas esse é um desafio para o cristão genuíno.
Ame a Deus e tenha as riquezas e bens como algo secundário próprio da vida terrena, mas que não são eternos e não são tão importantes assim.
OITAVO PRINCÍPIO: O REINO DE DEUS E SUA JUSTIÇA ESTÃO EM PRIMEIRO LUGAR
“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).
Da boca para fora a maioria das pessoas alegam que Deus está em primeiro lugar em suas vidas, mas em um momento de decisão a maioria esmagadora das vezes a agenda pessoal está adiante da agenda do Reino de Deus. Muitos entre nós não têm coragem de assumir posicionamentos em favor do Reino, temendo pela sua própria segurança. O texto em questão fala: “ e todas essas coisas vos serão acrescentadas”, se você ler o texto completo de Mateus ele vai falar de comida, bebida e roupa, é isso que serão acrescentados por Deus àqueles que ousam colocar o Reino de Deus em primeiro lugar.
Quando temos plena confiança do Pai, não ficamos nos perguntando o que comeremos, o que beberemos ou o que vestiremos? Mas temos plena confiança num Pai que cuida e supre seus filhos como diz o salmista Davi: “O Senhor é o meu pastor e nada me faltará”, como diz o apóstolo Paulo aos filipenses: “E o meus Deus conforme as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em Cristo Jesus”.
NONO PRINCÍPIO: NÃO FAZ JULGAMENTOS PRECIPITADOS
“Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão”. (Mateus 7:1-5)
Muitos se achando santos se apressam em julgar os outros, porém Jesus nos alerta que não podemos julgar alguém se fazemos coisas piores. Não quer dizer que os irmãos dentro da comunidade cristã não possam ser corrigidos, a questão está na abordagem, como é isso? A abordagem deve ser como um conselho ou orientação e nunca com um olhar de condenação. Porque Jesus morreu na cruz para distribuir gratuitamente o perdão, se a lei fosse eficiente Moisés teria resolvido o problema e Jesus seria dispensado do sacrifício.
Esse julgamento quando é para uma pessoa fora da comunidade cristã piora mais ainda, em provérbios o sábio Salomão diz que: “Aquele que repreende o ímpio toma para si a sua mancha”. Para os tais nosso olhar dever ser de amor e compaixão.
DÉCIMO PRINCÍPIO: PEDE SEMPRE O QUE PRECISA
“Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta.
Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta”. (Mateus 7:7-8).
Muitos veem Deus como um ser distante e inacessível (um bom velhinho cansado e cochilando em sua cadeira de balanço) e diante disso ele não pede as coisas que necessitam com medo de incomodar. A maior revelação da vida cristã é que somos filhos e que Deus é Pai. Os filhos têm liberdade para pedir o que necessitam. O apóstolo Paulo ensinando os filipenses fala que nossas petições devem ser conhecidas diante de Deus pela oração e súplicas com ações de graça. Portanto quem tem revelação de filho pede ao Pai.
Reinaldo Valverde Pereira, o Professor Valverde, Licenciado em História e Bacharel em Teologia, atua como professor da Rede Estadual de Educação de Sergipe e Bahia.