
Um grupo criminoso envolvido na aquisição ilegal de arma de fogo foi desarticulado durante uma operação da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP). A informação foi divulgada nesta sexta-feira (16).
Segundo a SSP, a ação também resultou na revista e apreensão de centenas de celulares no sistema prisional do estado. A nível regional, 1.187 integrantes de organizações criminosas foram presos. O prejuízo estimado do crime organizado é de R$ 7 milhões nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.
“Temos reuniões em Brasília (DF), onde as diretrizes da operação são traçadas. Foi uma operação muito exitosa e uma iniciativa muito importante por gerar essa troca de informações sobre o crime organizado”, disse o delegado Dernival Eloy.
A segunda fase da Operação Cangalha foi coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e contou com atuação da Polícia Civil, Militar e Penal, além do apoio da Secretaria da Justiça, do Trabalho e da Defesa do Consumidor (Sejuc).
Venda ilegal de armas
Na Operação Tiro Certo, a Polícia Civil identificou uma organização criminosa que coaptava pessoas dispostas a dar entrada no processo administrativo para aquisição de arma de fogo. A ação prendeu uma psicóloga, contador e responsáveis por fraudar exames para cumprimento de requisitos legais.
Através de um profissional de contabilidade, eram criadas empresas de fachada a fim de cumprir o requisito legal de “ocupação lícita” e “residência fixa”.
O outro passo era realizado pela psicóloga, que atestava a aptidão psicológica para manuseio de arma de fogo dos candidatos. Provas constataram que alguns deles sequer compareceram ao consultório dela.
Os membros também fraudaram o exame de capacidade técnica de tiro nos municípios de São Cristóvão e Lagarto. Muitas das armas tinham numeração suprimida e eram vendidas para terceiros não autorizados, sendo adquirada por facções envolvidas com tráfico e homicídios.
Fonte: Portal A8SE