Governo de Sergipe inicia diálogo para construção da retomada do Plano de Carreira do Magistério

O governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, voltou a receber nesta quinta-feira, 11, representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado de Sergipe (Sintese) para discutir pautas voltadas à valorização da categoria. O encontro, desta vez, teve o objetivo de iniciar a construção da retomada do Plano de Carreira dos professores da rede estadual, que ao longo da última década foi registrando perdas consideráveis.

“Sempre deixei claro o nosso total interesse em retomar a pauta do plano de carreira, porém também sempre fui transparente que não temos condições de fazer isso de uma única vez. Não posso responder por todos esses anos de defasagem, mas tenho responsabilidade com o que está acontecendo agora. Concordar ou não concordar faz parte da democracia, mas o diálogo sempre existiu e sempre existirá. A ideia é que a gente possa, a partir de agora, criar uma comissão, envolvendo diversas secretarias e órgãos do governo, como a Administração, a Educação e a Procuradoria Geral do Estado, para debater essa retomada da carreira do Magistério, sem açodamento, com tranquilidade e, principalmente, responsabilidade com o erário”, destacou Mitidieri.

Embora seja considerada a principal pauta da categoria, a construção do plano de carreira, enfatiza o governador, não pode centralizar as discussões sobre a evolução do sistema educacional em Sergipe. “A construção deste plano também precisa ser pautada em resultados. O Estado tem melhorado as condições das escolas, concedeu reajuste para categoria, estamos agora discutindo a retomada do Plano de Carreira, mas também queremos melhores resultados nos indicadores do Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica]”, disse Fábio Mitidieri.

Ele também enfatizou a necessidade de se realizar estudos de impactos na folha orçamentária do Estado, a fim de garantir uma política de valorização efetiva. “Nós precisamos encontrar soluções, mas que estas soluções sejam dentro dos limites financeiros do Estado. Não quero assumir compromissos que amanhã não consiga cumprir. Depois de sete anos para regularizar as contas do Estado e pagar salários em dia, não quero ser o governador que vai voltar a atrasar pagamentos”, acrescentou.

Valorização

Para o presidente do Sintese, Roberto Silva, há um sentimento comum entre os profissionais da Educação de que a única saída para valorização da categoria é a retomada da carreira. “Essa é a nossa pauta prioritária. Temos registrado perdas de direitos desde 2012 para cá. Hoje, os professores da rede estadual têm uma remuneração que é bem inferior à das redes municipais. Nosso desejo é sair daqui com uma proposta formalizada, que confirme o compromisso do Estado com a categoria”, disse.

A secretária de Estado da Administração, Lucivanda Rodrigues, voltou a frisar a postura da atual gestão de manter-se sempre aberta ao diálogo sobre pautas importantes das categorias. Ela também destacou o papel da comissão na condução dos trabalhos para a retomada do plano de carreira. “Foi uma reunião muito importante, pois representa a continuidade do processo de diálogo iniciado com os profissionais da Educação. Esse espaço sempre esteve aberto e continuará nos próximos dias, quando serão tomadas as medidas necessárias para estabelecermos, juntos, a comissão mista, que será composta por diversas secretarias do Governo e o Sintese, com a missão de discutirmos e avançarmos no estudo da carreira”.

A participação da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) no acompanhamento e na construção da proposta também foi destacada pelo presidente da Casa, deputado Jeferson Andrade. “Acredito que este encontro representa um recomeço muito positivo. Para nós, deputados, foi uma honra ter a Assembleia Legislativa como convidada para participar desta reunião. Nos próximos dias, vamos definir o prazo para que o Sintese apresente sua proposta de reestruturação da carreira. Desde 2012, eles reivindicam essa proposta e, pela quarta vez, o governador já recebeu a categoria. O objetivo é chegar a um consenso e elaborar uma proposta que contemple o magistério por dez ou 20 anos, quem sabe, a fim de evitar mais perdas para os professores”, disse Jeferson Andrade.

Além do presidente da Alese e da secretária de Estado da Administração, também acompanharam a reunião os deputados estaduais Garibalde Mendonça, Cristiano Cavalcante e Lidiane Lucena; o secretário de Estado da Casa Civil, Jorginho Araujo; o secretário-executivo da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), Marcel Rezende; a diretora de Recursos Humanos da Seduc, Fernanda Menezes; além de membros do Sintese.

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