Setenta anos do Colégio Estadual Guilherme Campos é tema de cortejo junino em Campo do Brito

Arraiá “Luz, Câmera e Tradição” foi apresentado nas ruas da cidade para contar a história da escola

O Colégio Estadual Guilherme Campos, em Campo do Brito, unidade de ensino da rede pública estadual, comemora 70 anos de tradição na cidade do agreste sergipano. E para celebrar as festividades, a instituição inicia uma série de atividades até o dia 7 de novembro, data da fundação do colégio.

O cortejo junino do Guilherme Campos já é uma tradição há mais de 20 anos na cidade e tem como simbologia o encerramento das festas juninas em Campo do Brito. Fazendo jus à tradição, alunos, professores e direção se apresentaram no último domingo, 2, pelas principais ruas da cidade com a temática do aniversário de 70 anos do estabelecimento de ensino.

A gestora da escola, Heliana Meireles, relata que foi abordado o tema de diversas maneiras e a preservação da tradição manteve-se em todos os momentos. “Como todo ano, saímos pelas ruas todos com vestimenta especial junina e desfilamos em direção ao ginásio de esportes da cidade para finalizarmos o evento. Lá, houve lindas apresentações de grupos de dança, quadrilhas, envolvendo todos os estudantes. Além disso, tivemos uma quermesse com várias barracas com comidas típicas, várias guloseimas e brincadeiras”, disse.

A gestora ressalta que a tradição se deu pela simplicidade, capricho e harmonia. Ela ainda acrescenta que “todos se comprometem a mostrar que o ambiente de ensino vai além de conteúdos em sala de aula”.

A estudante Danielly Cruz destacou o quão necessário é ter esse retorno dos festejos. “Foi uma experiência incrível. Estava com saudade de participar desses festejos porque, com a pandemia, nós não tivemos como desfrutar desses momentos. Então, este ano pude participar e foi muito legal. É uma experiência divertida de vivenciar com os outros alunos”, descreve.

Para exalar ainda mais brilho nas ruas da cidade, existe o Concurso da Carroça mais arrumada do desfile. O professor Edilvan Lima disse que essa atividade é organizada pelos próprios estudantes com supervisão dos professores e levanta um público para assistir ao cortejo. A fim de contar com um aspecto de competitividade, são escolhidos até jurados. Eles avaliam a arrumação, criatividade, originalidade, tradição, beleza e o envolvimento dos autores.

Histórias inspiradoras

Com sete décadas passadas em um cenário de protagonismo na cidade, a instituição de ensino coleciona diversas histórias criadas e vivenciadas por alunos, professores e diretores.

As jornadas que passam puderam ser acolhidas em que os personagens voltam para a cena, não mais como formandos e, sim, como formadores. Esse é o exemplo do professor Marcos Vinícius, que foi aluno da unidade entre os anos 2000 e 2011, entrou nas séries iniciais até se formar no ensino médio. Segundo ele, o Colégio Guilherme Campos sempre foi uma referência na educação de Campo do Brito. “Além de oferecer um ensino de qualidade, proporciona aos alunos a experiência de viver momentos únicos por meio de projetos e eventos. Durante onze anos como aluno e dez anos contribuindo de outras formas, em 2021 tive a honra e alegria em ser alocado para atuar como professor de Arte na mesma escola em que me formei”, recorda.

Histórico do Colégio Estadual Guilherme Campos

Fundado em 07 de novembro de 1953, por meio do Decreto nº 224, no governo de Arnaldo Rolemberg Garcez, o Colégio Estadual Guilherme Campos foi originalmente denominado Grupo Escolar Guilherme Campos, depois Escola de 1º Grau Guilherme Campos e, por fim, em 2006, Colégio Estadual Guilherme Campos. Foi a primeira instituição de ensino em Campo do Brito. A princípio, atendia aos estudantes com faixa etária entre 7 e 14 anos, ou seja, oferecia apenas o Ensino Fundamental, e funcionava em dois turnos: matutino e vespertino. A partir do ano de 2007, foram implantados o Ensino Médio Regular e a Educação de Jovens e Adultos, Ejaef e Ejaem, o que permitiu ao “Guilherme Campos” garantir o direito aos cidadãos britenses de expandirem seus conhecimentos e de irem em busca da realização de seus sonhos.

Atualmente, atende a 853 alunos distribuídos nos turnos matutino, vespertino e noturno. Tem um quadro de funcionários formado por 43 professores e 24 servidores em geral.  O prédio possui 13 salas de aula, 1 laboratório de informática, 1 secretaria, 1 sala de direção, 1 quadra poliesportiva, 1 pátio coberto e 1 pátio descoberto, 1 cozinha, 1 refeitório, 1 sala de recursos e 1 almoxarifado. Em relação a dados estatísticos, a escola tem o maior número de alunos da cidade. Na questão pedagógica, a equipe desenvolve aulas dinâmicas e alguns projetos interdisciplinares que já são tradicionais: Dia das mães, jogos internos, festejos juninos, feira de conhecimento, desfile cívico e o plantão pedagógico, que tem contribuído bastante para a interação Família e Escola.

O Colégio Guilherme Campos, “Família Guilherme Campos”, como é mencionado pelas pessoas que dele fazem ou fizeram parte, tem o lema “A escola que faz a diferença”. Esse lema é vivido na prática, pois procura-se trabalhar com a individualidade de cada aluno, respeitando seu tempo de aprendizagem e sua vivência, incluindo em todas as atividades os alunos com deficiência, os quais já viraram uma marca registrada da unidade de ensino. Graças a isso, já foi indicado por terapeutas e psicólogos para alunos especiais até de outras cidades. Além disso, nos últimos anos teve um crescimento significativo nos índices nas avaliações externas, e seus alunos têm ingressado cada vez mais nas universidades públicas e privadas com ajuda de programas sociais do governo federal, como ProUni e Fies, o que faz a instituição ser considerada uma referência na educação da região do Agreste Sergipano.

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