
Em alusão ao Setembro Amarelo – campanha nacional de prevenção ao suicídio –, nos dias 12, 13 e 14 (sexta, sábado e domingo), o RioMar Aracaju recebe uma ação especial em parceria com o Centro de Valorização da Vida (CVV). Neste ano, a campanha que celebra 11 anos traz como tema “Conversar pode mudar vidas” e tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância do diálogo, como uma ferramenta poderosa para acolher quem sofre em silêncio.
Durante a ação, a equipe do CVV irá acolher o público que buscar atendimento, em um ambiente reservado, praticando a escuta ativa com respeito, sigilo e sem julgamentos. O estande funcionará no Piso L2, próximo à Damyller, na sexta e sábado, das 10h às 22h, e no domingo, das 12h às 20h.
Além do acolhimento, o CVV irá divulgar seus serviços à comunidade. “Vamos levar ao público informações sobre o apoio emocional por meio do número 188 – serviço gratuito e sigiloso, disponível 24 horas – e distribuir material educativo sobre o Grupo de Apoio aos Sobreviventes do Suicídio (GASS). O grupo oferece suporte a pessoas que tentaram o suicídio e a enlutados por perdas, criando um ambiente seguro para troca de experiências e fortalecimento mútuo”, explica Cayo Castilhano, voluntário do CVV.
Em Aracaju, o GASS realiza encontros quinzenais no Hospital Universitário, sempre das 15h às 17h, às segundas e quartas sextas-feiras de cada mês.
O papel do CVV
Apesar de ser considerado um grave problema de saúde pública, o suicídio pode ser prevenido em grande parte dos casos. E é nesse contexto que o CVV atua, promovendo escuta qualificada, apoio emocional e informação à sociedade. A instituição, que desde sua criação se dedica a estimular a discussão sobre o tema, acredita que falar sobre saúde mental é um dos passos mais importantes para salvar vidas.
Números no Brasil e no mundo
A cada 6 brasileiros, 1 já pensou seriamente na possibilidade de tirar a própria vida. Diariamente, 44 pessoas morrem por suicídio no Brasil. A faixa etária entre 20 e 29 anos apresenta o maior crescimento e risco em relação aos registros. Logo em seguida, estão os jovens de 15 a 19 anos, que exigem atenção redobrada pela vulnerabilidade própria da adolescência. A cada suicídio, estima-se que 25 pessoas façam uma tentativa e um número expressivo pensem seriamente em cometê-lo. Quando olhamos para o Brasil, as regiões Sudeste e Nordeste concentram a maior parte dos casos.
No mundo, dados da Organização Mundial da Saúde apontam que mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, o que corresponde a uma em cada 100 mortes registradas. Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio já é a quarta principal causa de morte, atrás apenas de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal.