
A ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinou na última sexta-feira (19) que os trabalhadores dos Correios mantenham pelo menos 80% do efetivo em atividade durante a greve da categoria, iniciada na última terça-feira (16).
A decisão liminar foi concedida após pedido apresentado pela estatal contra os sindicatos que representam os funcionários. Em caso de descumprimento da ordem judicial, está prevista multa diária de R$ 100 mil por sindicato.
A paralisação atinge unidades em nove estados: Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para a ministra, o serviço postal tem caráter essencial e não pode sofrer interrupção total, especialmente diante do impacto direto à população.
Na decisão, Kátia Arruda também destacou que a greve foi deflagrada enquanto ainda tramita no TST um dissídio coletivo envolvendo a categoria, o que reforça a necessidade de manutenção mínima das atividades.
Os trabalhadores reivindicam a aprovação de um novo acordo coletivo de trabalho, reajuste salarial e medidas para enfrentar a crise financeira da empresa. Segundo informações apresentadas no processo, os Correios acumulam prejuízos recentes e devem recorrer a um empréstimo de cerca de R$ 12 bilhões, com garantia do Tesouro Nacional, para equilibrar as contas.
Em nota, os Correios informaram que todas as agências seguem abertas e que foram adotadas medidas de contingência para reduzir os impactos da greve nos serviços prestados à população.
Fonte: Agência Brasil










