Moda contemporânea: Elegância ou Bizarrice?

“Deu a louca” no mundo da moda, até pouco tempo atrás, a moda era sinônimo de elegância, de pessoas “decentes” e de bom senso, o mesmo não se pode dizer dos dias atuais, o século XXI chegou e junto com ele veio um “espírito de loucura” que se apossou de alguns seguimentos da sociedade, sobretudo os artísticos incluindo a moda, as coisas estão de “cabeça para baixo”, estão tecnicamente “andando na contramão”, isso se aplica a diversos seguimentos da sociedade pós-moderna e caiu como “sopa no mel” quando o assunto é a moda (vale para literalmente todos os seguimentos artísticos, mas vou me ater apenas a moda).

Não é preciso se um “expert” em moda para saber que tem algo de errado, uma rápida pesquisa no Google já é suficiente para identificarmos comportamentos no mínimo estranhos. Se compararmos o trabalho e o estilo do grande estilista Clodovil Hernandes e do estilista Arlindo Grund você vai entender do que estou falando. O primeiro era especialista em alta-costura (produção artesanal feita sob medida e exclusiva para uma determinada pessoa), se vestia de forma elegante e adequada as ocasiões com um toque de extravagância, típica da personalidade do mesmo, o segundo é especialista em fazer críticas de moda na televisão e nas revistas e se veste de uma maneira bem estapafúrdia e completamente inadequado para uma pessoa de bom senso e com o mínimo de noção da “vida real”, aliás o mesmo parece ter vindo de outro planeta, suspeito que seja Annnakis perdido entre os terráqueos, ou colocado como espião entre nós, sendo o seu estilo um tanto quanto assustador, um autêntico estilo alienígena, é bom alguém avisar os Annunakis que o disfarce não ficou bom, aliás pensando melhor vou cancelar essa comparação para não ofender os Anunnakis, os quais certamente devem ter um estilo bem mais razoável e de bom senso para viver neste planeta chamado Terra.

A moda no século XXI se tornou a arte de ser ridículo, quando mais feio melhor, são aqueles casos que o humorista e poeta Batoré perguntaria: “você acha bonito ser feio?” Observe que não estou falando apenas de uma opinião a respeito de beleza, que pode ter amplas interpretações, já que as pessoas têm preferências diversas, uns preferem rosa e outras verde, umas preferem roupas mais folgas e outras mais justas, uns preferem o cabelo liso e outros cacheados, cabelos loiros e outros pretos e assim por diante, mas estou falando de algo que ultrapassa as fronteiras das preferências e entra na cidade da feiura, no país do ridículo e no planeta da bizarrice.    

O mais interessante é que os profissionais de moda e sobretudo os estilistas geralmente são consultores de moda e/ou “personal stylist” (profissional responsável em auxiliar seus clientes a cuidar do visual, descobrindo quais roupas, cores e formas caem bem em cada pessoa). As “pessoas normais”, digo isto porque tais estilistas se acham donos da verdade e só eles conhecem o estilo, tendências e estéticas do momento, ficam se perguntando onde vou usar essa roupa indicada, tal criação serve pra quê? Porque geralmente as roupas apresentadas como superproduções são completamente burlescas e nenhuma pessoa dita “normal”, ou seja, no seu cotidiano, usaria uma coisa tão grotesca, mas o valor da obra não é a obra em si mesma, mas a assinatura do artista, algum artista anônimo pode pintar um quadro infinitamente melhor que a “Mona Lisa”, mas ela jamais valerá 10 bilhões de dólares o valor da obra em questão está sobretudo ligada ao fato dela ter sido produzida por Leonardo Da Vinci, simplesmente o maior ícone do Renascimento e não necessariamente pelo retrato em si, se fosse apenas um rabisco na tela o valor atribuído possivelmente seria similar e assim seguindo este mesmo padrão o valor da coleção de moda e que determina o sucesso da mesma é quem assina, e não necessariamente a qualidade do trabalho produzido, um determinado alfaiate conhecido por “Seu Zé” e que mora no subúrbio produz algo belo e de qualidade, mas o valor atribuído é quase nulo se comparado a produção anômala do estilista famoso que pertence à classe mais abastada da sociedade midiática.

Diante disso segue os estilistas vendendo suas obras dignas de zombaria em qualquer lugar desse planeta por milhões de dólares, só não sei se alguém veste ou se apenas guardam como objeto de decoração e adoração. As vezes os próprios se vestem com as suas loucas criações e as repassam também para os seus pares, creio que só a título de divulgação, porque são coisas que nem se quer podem ser chamadas de roupas, porque não passam de um amontoado de tecidos e aviamentos, muito mal arrumado, diga-se de passagem.

Me veio à mente agora um caso recente em que a Lynn Yaeger, editora da Vogue (Revista de moda mais importante do mundo), diz que vetou Melania Trump na capa da revista por ela ser “um desastre da moda”, por favor caro leitor peço que você dê um Google e veja o estilo “desastroso” de Melania Trump e o estilo da moda de Lynn Yaeger, isso soou como uma piada e a internet não perdoou a Sra. Lynn com milhares de merecidos memes, porque de fato o que ela disse foi uma grande piada.

Dei um foco no trabalho dos estilistas, porém o “espírito de loucura” se apossou de vários profissionais ligados à moda e a arte de uma forma geral. Esta promoção da “feiura” é citada no livro “The Naked Communist” de Cleon Skousen, lançado no Brasil com o título “O Comunista Exposto”, esta citação pode nos dar uma luz sobre essa loucura no mundo da moda, eis a citação: “Obter o controle sobre os críticos de arte e diretores de museus. ‘Nosso plano é promover a feiura, arte repulsiva e sem sentido’”. Está seria uma das metas comunistas para implantar uma nova cultura na sociedade de uma forma geral, alguns tratam tais metas como “teoria da conspiração”, mas a verdade é que de fato no campo artístico as coisas têm se confirmado conforme o que está escrito no livro citado que data da década de 1960.

Lembrando que o ridículo e o “fora de moda” depende de quem está usando a roupa e/ou os assessórios, quando é um “influencer” vale tudo, desobedecem a conceitos básicos de estética aplicados a moda, mas tudo bem é “fulano”, se caso seja “siclano” aí os fulanos “caem matando”. É um completo disparate, como eu disse antes, só podem estar possuídos por um “espírito de loucura” e por isso agem fora de um padrão lógico e aceitável para “pessoas normais”.

Diante dos fatos apresentados creio que já é possível responder à pergunta do título. Seria a moda contemporânea uma manifestação da elegância ou uma completa bizarrice? Cada um responda para si mesmo e decida se vai acompanhar ou ignorar as orientações e dicas dos “personal stylist” e suas loucas tendências.

Por Reinaldo Valverde Pereira, Licenciado em História, Bacharel em Teologia, Pós-Graduado em Metodologias em EAD e Docência no Ensino Superior, atua como professor da rede estadual de ensino da Bahia e Sergipe.

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